29.1.17

+ Filmes

A Bigger Splash

Em português o nome desse filme é A Piscina, e dessa vez achei que acertaram na tradução, afinal muita coisa nesse filme acontece ao redor de uma piscina.

Esse filme tem basicamente 4 personagens: Marianne uma roqueira famosa que operou a garganta e está sem voz; seu namorado Paul que é cinegrafista, fotografo e lindão; o Harry um produtor musical meio inconveniente mas divertido que já foi namorado/amante de Marianne e BFF do Paul; e Penelope a filha do Harry que ele descobriu recentemente.

Marianne e Paul estão numa ilha italiana, numa casa com vista pro mar, relaxados e pelados em sua piscina, aproveitando o sol quando Harry chega com sua filha e ainda se convida para ficar. Claro que tem muita coisa mal resolvida entre eles e a Penelope vai só para abalar as estruturas. E daí essa turminha se mete em muitas confusões.

Ralph Fiennes é o Harry e ele está sensacional nesse papel. Tem uma cena que ele dança Emotional Rescue dos Rolling Stones que é ótima.

A Penelope faz uma analogia muito boa da vida amorosa da Marianne com albuns de música (na época que tinha Lado A e Lado B).

Penelope: Você ficou com Harry por 6 anos e está ha quantos anos com Paul?
Marianne: 6 (mostrando os dedos das mãos)
Penelope: Ouvi dizer que um disco tinha 6 músicas de cada lado. E que você escutava um lado e tinha que virar para escutar o outro.
Marianne: Fiz algo para te aborrecer?
Penelope: Sabe, aposto que colocavam uma música muito boa de cada lado para você ficar mudando de lado o tempo todo.

Esse filme não concorre a nenhum Oscar mas eu teria colocado o Ralph Fiennes na lista de melhor ator.

A Tia Helô ia ficar horrorizada com esse povo obsceno, 517 "Ai, Jesus!" para o Harry do Ralph, e sim, isso é um trocadilho.


Lion

Um filme sobre como o leitinho australiano é bom ou sobre o poder de um biscoito.

Na verdade é sobre um menino indiano que se perde do irmão (e consequentemente da mãe e irmã), entra num trem, viaja por dois dias e depois de dias perambulando pelas ruas vai parar numa espécie de orfanato. Como ele é só uma criança, mal sabe falar o nome da sua cidade, acha que o nome de sua mãe é Mãe e foi parar há mais de 1500km de casa, ninguém consegue achar sua família e ele é adotado por um casal australiano.

Saroo cresce em Hobart na Tasmania, se torna um rapaz australiano típico que gosta de cricket e de surf. E o garotinho fofo da primeira parte do filme se torna o Dev Patel, que claramente andou malhando, e mostrando que o personagem tomou leitinho australiano do bom.

Saroo vai estudar hotelaria em Melbourne e lá ele passa a conviver com mais indianos. Um dia na casa dos amigos indianos ele vê os biscoitos que queria muito comer quando era criança na India e a partir daí abre uma porteira para o passado e ele decide procurar sua mãe no Google Earth. E esse trabalho não foi nada fácil porque além de exaustivo fisicamente (a India tem muita gente, muitos vilarejos e muitos trens) e emocionalmente, ele não queria contar para sua mãe adotiva que o criou tão bem.

Esse filme é baseado em fatos reais. A primeira parte com o garotinho é boa, e depois Dev Patel faz angustiado bem, mas em algum ponto o filme começa a ficar um pouco enfadonho pelo estilo de filmagem (ou talvez pela presença sem graça da Rooney Mara). Nicole Kidman faz a mãe adotiva e está muito bem.

Mas está concorrendo a 6 Oscars: melhor filme, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, fotografia, trilha sonora original e roteiro adaptado.

A Tia Helô ia gostar do Saroo, ele é bom menino. 18 "Ai, Jesus!" para o leãozinho.


Hacksaw Ridge (Até o Último Homem)

Mel Gibson ressurgiu com esse filme que ele dirigiu. É sobre Desmond Doss, um soldado que foi lutar na Segunda Guerra como enfermeiro e não pegou em uma arma nem deu um tiro mas conseguiu tirar 75 homens de um campo de batalha com os japoneses atacando.

Desmond vinha de uma família religiosa e mesmo apanhando do pai e as vezes batendo no irmão ele não acreditava em violência. Quando a guerra começou para os EUA ele quis ir para o front ajudar e se alistou. Acontece que no país onde o pessoal é super apegado a suas armas os próprios militares não queriam aceitar a posição de Desmond que se recusava a pegar numa arma e fizeram de tudo para ele desistir de ir para guerra.

Esse filme é ok, também é baseado em fatos reais, e o pessoal de Hollywood adora um drama de guerra. Então: Segunda Guerra + fatos reais + herói que salva vidas = indicação para Oscar de melhor filme.

Andrew Garfield, que está muito bem como Desmond, foi indicado a melhor ator e Mel Gibson polêmico está na lista do Oscar para melhor diretor. E ainda tem umas indicações técnicas como edição, edição de som e mixagem de som (as cenas de batalhas são boas mesmo).

Tia Helô ia adorar o Desmond, rapaz dedicado a sua religião, mas ia ficar chocada com a guerra. 319 "Ai, Jesus!" para tanto sangue.

28.1.17

Outras Tias (18)

E hoje me contaram essa história de tia.

A Tia Aline foi convidada para um casamento e foi comprar o presente. Na loja ela escolheu um vaso de flores, de vidro, e quando se encaminhava para o caixa ela o deixou cair e o vaso kaput.

Acontece que na loja tinha um cartaz enorme escrito: Quebrou Pagou. A Tia Aline então pagou o vaso quebrado mas pediu para a moça embrulhar para presente.

No dia do casamento a Tia Aline chegou na festa com presente na mão e usou de todo seu talento teatral para simular uma tontura seguida de queda e caiu jogando o presente no chão.

As pessoas vieram ajudá-la e Tia Aline só dizia "ahh, o presente! quebrou o presente! trouxe esse presente especial para vocês".

A noiva pegou o presente, abriu e fez cara de WTF??

A moça da loja fez o favor de embalar separadamente cada peça quebrada do vaso.

¯\_(ツ)_/¯

24.1.17

+Filmes

As indicações para o Oscar saíram hoje e está bem diversificado. Claro que ninguém concorda com tudo, kd Amy Adams? Mas acho que distribuíram bem. Dos nove indicados a melhor filme já vi 6: Arrival, Hell Or High Water, La La Land e mais três que estão nesse post, Manchester By The Sea, Hidden Figures e Moonlight. Faltam 3 que até 26 de fevereiro vejo o resto (Fences, Hacksaw Ridge e Lion).

Depois que saiu a lista de indicados é que me dei conta que vários que vi não comentei aqui no blog como Hell Or High Water com Chris Pine e Jeff Bridges, que gostei bastante, e Arrival, o filme de comunicação com ETs que é muito bom.


Manchester By The Sea

Casey Affleck faz Lee, um homem que trabalha de faz-tudo em Boston e tem que voltar a sua cidade natal depois que seu irmão morre. Lee herda o sobrinho adolescente e entre alguns flashbacks ficamos sabendo da história dele e da família.

É um filme muito bom sobre a vida, universo e tudo mais. E Casey Affleck está realmente muito bom nesse filme.

Tia Helô ia ficar alguns dias enrolada no cobertor depois de ver o que acontece na Manchester a Beira Mar. 74 "Ai, Jesus!" Para a família Chandler.

(Indicado a: melhor filme, diretor, roteiro original, ator, atriz coadjuvante e ator coadjuvante)


The Lobster

No universo de The Lobster quem não está em um relacionamento é preso mandado para uma espécie de SPA/Sanatório onde a pessoa tem até um 45 dias para encontrar um parceiro ou então será transformado no animal de sua preferência.

David até tenta achar um par mas ele prefere ficar com os solteiros na floresta. Acontece que na floresta é proibido se relacionar com os outros e David se apaixona. E aí como faz?

Sim, é uma história muito louca, mas é ótima! Esse filme concorre ao Oscar de melhor roteiro original e acho que se original é a palavra chave esse Oscar tem que ser dele.

Tia Helo não ia gostar da linguagem dos sinais nesse filme. 317 "Ai, Jesus!" para a lagosta, o cachorro....


Hidden Figures

A corrida pelo espaço era uma coisa muito importante na época da guerra fria. Os americanos tentavam de qualquer jeito chegar na frente dos russos. A NASA tinha muitas calculadoras, não as máquinas, mas mulheres que eram ótimas em fazer calculos para que os foguetes entrassem em órbita.

Acontece que como isso é anos 50/60 e a NASA ficava no estado da Virgínia a segregação racial estava a pleno vapor, então as mulheres negras tinham tudo separado: ônibus, salas e banheiros.

O filme foca em 3 dessas mulheres: Dorothy Vaughn que supervisionava as calculadoras negras (mas não tinha esse título) e ao ver que a IBM vinha com um computador tratou de aprender Fortran e treinou seu staff; Mary Jackson que trabalhava na área de engenharia montando os foguetes (e depois se tornou engenheira) e Katherine Johnson que era gênio da matemática.

O filme conta um pouco da história delas e sua importância para o lançamento do foguete que levou John Glenn para dar uma voltinha no espaço.

Achei esse filme bom, não é sempre que vemos mulheres com destaque no mundo da corrida espacial.

A Tia Helo ia querer saber como é que faz tanta conta. 137 "Ai Jesus!" para tantas fórmulas no quadro.

(Indicado a melhor filme e atriz coadjuvante e roteiro adaptado)

Moonlight

Esse filme conta a história de Chiron, um menino tímido que cresce numa vizinhança barra pesada, no meio de traficantes e com uma mãe viciada. O filme passa por três partes da vida dele: a infância onde ele sofre bullying e é meio que adotado pelo traficante gente boa local e sua namorada. Na adolescência bullying continua e ele tem algumas dúvidas existênciais, e depois na idade adulta.

Em todas as fases seu amigo Kevin sempre surge para dar uma forcinha.

É mais um filme sobre a vida, universo e tudo mais, só que num bairro violento de Miami.

É um filme bom, mas poderia ter uns 15min a menos. Haja pausas longas. Naomi Harris está ótima e irreconhecível como a mãe viciada.

A Tia Helô teria dormido no início desse filme, mas acharia Chiron criança um fofo. 251 "Ai, Jesus!" para Moonlight.

(Indicado a melhor filme, diretor, roteiro adpatado, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, edição e trilha sonora)

21.1.17

Book Report: 2 autobiografias

Comecei o ano dedicada as autobiografias. Li Born To Run, a autobiografia do Bruce Springsteen e Rita Lee: uma autobiografia.



Dois músicos contemporâneos (Rita Lee é só 2 anos mais velha que Bruce Springsteen) que decidiram contar suas histórias.

Não costumo ler biografias de músicos e artistas porque a gente sempre tem uma imagem idealizada, especialmente quando é fã, e as vezes saber verdades derruba a ilusão. Ou não.

A única outra biografia de músico que li foi Heavier Than Heaven do Charles Cross sobre o Kurt Kobain, que por sinal é muito boa. Li também um livro sobre o David Bowie, mas era mais sobre suas músicas e discos do que uma biografia mesmo.

Mas vamos a Bruce e Rita.

Tanto Bruce quanto Rita escreveram seus livros. As vezes os artistas usam ghost writers para quem contam suas histórias e os fantasmas escrevem. Não foi o caso aqui.

Bruce começou a escrever sua autobiografia em seu caderninho depois de sua apresentação no Superbowl de 2009 e demorou 7 anos para ficar pronta.

A Rita Lee até coloca um fantasma desenhado no meio do livro que corrige alguma coisa que ela contou sem exatidão. (Entendi que esse fantasma é um fã/amigo que leu o que ela escreveu e apontou algumas discrepâncias que ela ou se confundiu ou esqueceu de mencionar)

Bruce Springsteen escreve tão lindamente seu livro que enquanto lia conseguia escutar a voz dele contando sua história.

O livro da Rita Lee não segue exatamente uma ordem, mas tem uma certa cronologia. Não tem capítulos, só textos em poucos ou muitos parágrafos que levam títulos. As vezes parece que estamos escutando as histórias da tia engraçada numa reunião de famíla.

Bruce é um cara organizado, a história dele é contada em ordem cronológica e em capítulos. No fim a cronologia fica um pouco misturada mas não atrapalha em nada. Não é a toa que é chamado de The Boss, é um controlador assumido.

Rita Lee é filha de americano (escocês) com italiana. Bruce é filho de irlandês com italiana.

Bruce era de uma família pobre, teve que morar com os avós, e tem 2 irmãs. Rita vem de uma família classe média, seu pai era dentista, e também tem 2 irmãs.

Bruce Springsteen era bom menino, quase coroinha, do tipo que só foi beber depois dos 20 anos. A Rita Lee...bem, a Rita Lee era (e ainda é) da pá virada, inclusive com um pézinho na delinquência.

Tanto Rita como Bruce foram influenciados por Elvis e Beatles. A diferença entre os dois é que Rita não fala muito de como essa influências aparecem na sua música (só que ela era rock n' roll), o Bruce Springsteen analisa muito bem onde essas influências e outras foram parar na sua carreira.

Aliás, no quesito músicas e carreira, o Bruce Springsteen é muito detalhista. Ele conta como cada album aconteceu, como algumas músicas foram compostas e ainda analisa o album com a fase da vida que ele estava passando.

Rita fala de algumas músicas, como foram compostas, quem as compôs, como foram parar não mãos dela e como apareceram nos discos. Ela fala em poucas palavras como os albuns surgiram, conta em mais detalhe sua carreira solo e usa muitas frases de suas músicas para contar sua história.

Bruce conta sua história em mais de 500 páginas, e Rita Lee em 270. O Born To Run tem umas míseras 6 ou 7 páginas de fotos no fim, o da Rita Lee tem muitas fotos, e boas, que ilustram bem a narrativa.

Rita e Bruce sempre foram músicos. Rita Lee ainda deu aula de inglês e trabalhou em escritório, mas o Bruce Springsteen só pegou no pesado pintando paredes durante um verão na adolescência para ter dinheiro para comprar uma guitarra. Ambos começaram em bandas covers, mas Bruce Springsteen tocou por mais tempo em bares e até hoje é só pedir uma música para ele no show que ele toca.

É interessante ver como o mercado da música era diferente nos dois países. Bruce tocou em bares e pequenos eventos com sua banda até ser descoberto e chamado para gravar um disco. Rita Lee (e os Mutantes) tocavam em festivais nacionais de música.

Tanto Bruce quanto Rita falam das suas amizades, das pessoas que passaram por suas vidas (pessoal e musical), e ambos relatam momentos de tocar com músicos dos quais tinham sido fãs. A Rita Lee abusa mais do name dropping, o mundo da MPB não é tão grande assim.

Bruce Springsteen é poético na sua narração. Ele sabe contar uma história. A leitura flui e em muitos momentos parei de ler para escutar as músicas. Ele é muito sincero numa autoanálise que expõe no livro sobre sua depressão.

A Rita Lee usa e abusa do humor  e de um certo sarcasmo que em muitas partes funciona, mas em outras força uma barra. Também parei o livro em muitas partes para escutar as músicas dela. Ela fala bastante de seu uso e vício em drogas, remedinhos e álcool.

Rita Lee se aposentou, concluiu que chegou a hora de deixar os holofotes de lado, inclusive em alguns momentos do livro ela disse que queria parar apesar dela também dizer várias vezes que no palco todas as mazelas desaparecem. Vi Rita Lee ao vivo acho que umas três vezes. Uma das vezes foi quando ela abriu para os Rolling Stones no Maracanã em 1995 e ela fala desse show no livro.

Nunca vi Bruce Springsteen ao vivo, mas ele continua firme e forte fazendo shows e adora o palco. The Boss teve a turnê mais lucrativa de 2016, então quem sabe eu ainda vou num show dele.


(Já fiz um Analisando a música de Dancing In The Dark do Bruce Springsteen aqui no blog)

13.1.17

+Filmes

E começou a época do ano que a gente vai muito ao cinema para ver os filmes que tem chances no Oscar.


Animais Noturnos

O livro que o Tom Ford pegou para fazer esse filme se chama Tony & Susan do Austin Wright. Li esse livro em 2015 e gostei muito.

A história é sobre a Susan que recebe de seu ex-marido um livro chamado Animais Noturnos, que ele escreveu e pede para ela ler e dar opinião. O leitor lê o livro junto com Susan e ao mesmo tempo ficamos sabendo detalhes da vida dela com o marido atual e com o ex-marido, e alguns questionamentos que a leitura traz para ela.

O livro dentro do livro Animais noturnos, é muito bom, é a melhor parte do Tony & Susan. É sobre um homem que encontra uns indivíduos delinquentes enquanto viaja com a família por uma estrada a noite.

O filme é do mesmo jeito. Tom Ford mudou um pouco a personagem da Susan, a colocou num ambiente minimalista com uma fotografia e música muito parecida com a do seu outro filme A Single Man. A parte da Susan é boa, achei a do livro melhor, mas a parte Animais noturnos do filme é excelente, tão boa quanto no livro.

O Aaron Taylor Johnson está ótimo! Ele é o Ray Marcus, um dos delinquentes na estrada. Muito medo dele.

Jake Gyllenhaal faz dois personagens: o Tony do livro e o ex-marido de Susan. Faz sentido porque dá entender que o Tony tem muitas características do Edward, o ex-marido.

Um filme que coloca escolhas em evidência e o questionamento do E se...?

A Tia Helô iria ficar horrorizada com o Ray Marcus. 329 "Ai, Jesus!" para esses animais noturnos.


La La Land

Eu gosto de musicais no cinema. De Cantando na Chuva a Moulin Rouge, passando por Grease, não tenho problema nenhum com gente que resolve cantar e dançar do nada. As vezes a vida deveria ser assim mesmo.

Só não gosto de musicais cantados o tempo todo como foi Les Miserables. Argh.

Mas La La Land é do primeiro grupo, tem cantoria e dança, mas as pessoas também conversam normalmente. É um musical que tem muito dos clássicos do gênero com muita coisa moderna.

É sobre o romance de um casal, de como se conhecem até....bem, aí tem que ver o filme.

Ela é atriz tentando conseguir um papel e ele é um músico de Jazz que tem que tocar músicas de natal em restaurantes e em bandas duvidosas para garantir um din din.

Emma Stone está incrível, canta, dança e ainda diz um bocado só com os olhos. Ryan Gosling é cool até com uma roupa cafona dos anos 80 tocando I Ran no sintetizador. As cenas dos dois juntos cantando e dançando são muito boas. Aliás, o filme funciona muito por causa deles, ótima química.

E tem Los Angeles que também é estrela no filme. Muitas cenas no Griffith Observatory.

A trilha sonora é boa, mas não fiquei fã. Duas músicas gostei City of Stars e A Lovely Night.

Só vou dizer que gostei muito do fim.

A Tia Helô iria gostar muito desse filme, acredito que ela era fã de musicais da MGM. 21 "Ai Jesus!" para a terra o La La La.

10.1.17

Spectacles

O Snapchat lançou ano passado óculos escuros com camera que faz snaps de 10 segundos.



Não só são óculos escuros bacanas como os videos feitos são circulares.

O que é um video circular? É um video que no celular dá para ver tanto na posição vertical quanto horizontal. Você pode virar o telefone que a imagem acompanha.

O video circular só funciona no Snapchat, mas dá para postar em outras redes sociais (fica com um frame redondo).



Desde quando lançaram fiquei com vontade de ter um porque faço muitos snaps andando de bicicleta e na rua. Tirar o telefone do bolso em muitos lugares não é uma boa ideia (nem pedalar com uma mão e filmando com a outra) então esses óculos facilitariam a produção de snaps.

Vi algumas pessoas fazendo videos com os óculos e gostei, especialmente o pessoal que anda de skate.

Acontece que comprar um desses não é fácil, só está a venda em uma loja em NYC e algumas pop ups que aparecem pelos Estados Unidos e só divulgam no dia. Aqui no Brasil não vai aparecer tão cedo. Sem contar as filas, porque americano adora uma fila. E aí como faz? Fui no Ebay e achei um cara que estava vendendo por um preço razoável, pouca coisa acima do preço original (129 obamas) e comprei. Chegou em 2 semanas.

Para filmar é só apertar o botão do lado esquerdo, a luz acende (para os outros saberem que está filmando) e pronto. Os snaps vão para o telefone por bluetooth e depois é só editar e colocar no feed do Snapchat.

Os óculos carregam dentro da caixa que vem ou diretamente com o cabo. E ainda vem uma flanela formato fantasma para limpar as lentes.




Quem quiser ver os meus snaps: kmarselle.

E sim, isso é muito Black Mirror.