26.12.17

Momento TOC Livros (11)

Esse ano li mais do que ano passado, não tinha colocado meta mas li 20 livros. Yeah! Mesmo com uma Netflix no meio do caminho.

O que foi novidade esse ano é que li 3 autobiografias, uma biografia e mais 3 livros que não são de ficção. Se alguém se der o trabalho de ver os últimos 10 Momentos TOC Livros vai ver que sou mais da ficção do que da não-ficção.

E o meu segundo caderno de livros já está preenchido. Já comprei um novo para começar 2018.

Então vamos aos livros desse ano.

- Born To Run - Bruce Springsteen - a autobiografia do The Boss do rock n' roll. Gostei da prosa dele e como ele falou de suas músicas. Fiz um post aqui no blog desse livro junto com o próximo.

- Rita Lee: Uma Autobiografia - a Rita Lee conta sua história quase como se fossem anedotas de uma tia nas festas de natal. No post falo mais sobre esse livro.

- Nutshell - Ian McEwan - nesse livro a história é contada do ponto de vista do feto que ainda está na barriga da mãe. Gostei desse livro.

- The Princess Diarist - Carrie Fisher - a querida Princesa Leia faleceu ano passado no meio do tour de divulgação desse livro. Carrie Fisher encontrou seus diários da época que filmou o primeiro Star Wars quando tinha 19 anos. No livro (que é uma espécie de autobiografia) ela começa preparando o cenário para que quando chegar nas páginas do diário de fato (e ela não mudou nada) já estamos inseridos em todo contexto. A escrita dela é deliciosa.

- 20 - Branca Sobreira - A Branca é minha amiga e esse é seu primeiro livro de contos. São 20 contos e tenho vários preferidos.

- Commonwealth - Ann Pachett - Esse livro conta a história de duas famílias e como as coisas ficam confusas quando o pai de uma família se apaixona pela mãe da outra família. Tem um evento num verão que deixa marcas por muitos anos em todos os envolvidos. Tem também um escritor que escreve a história dessa família e depois vira filme.

- Kubrick's GameDerek Taylor Kent - um livro sobre um jogo (quase uma gincana) em que todas as pistas são relacionadas com a obra do Stanley Kubrick. É mais interessante se tiver visto os filmes.

- Lilian Boxfish Takes a Walk - Kathleen Rooney - A Lilian é uma senhora de 85 anos que decide andar do restaurante para casa na véspero do ano novo (de 1985) em NYC. Nessa caminhada ela vai lembrando de sua vida de mulher independente numa época em que as mulheres tinham menos opções. Lilian trabalhou com propaganda, era poeta e nos seus 85 anos ainda frequenta festas hipsters em Chelsea.

- Histórias da Gente Brasileira Vol. 1 Colônia - Mary Del Priore - Sou péssima com história, lembro de generalidades mas nada específico. Assistindo Outlander tive uma conversa com um amigo (que contei num post) e fiquei preocupada que se, por acaso, voltasse para o Brasil Colônia eu não saberia nada. Então li esse livro para ficar por dentro da vida nessa época. O livro é quase um manual de sobrevivência no Brasil Colônia. No início achei confuso, poderia ter sido melhor organizado, mas depois entendi que a autora usou relatos que ela encontrou em escritos da época (cartas, jornais, etc) para fazer esse raio-x do Brasil. Algumas vezes até parece que estamos lendo uma coluna social. O impressionante é terminar esse livro e ver que pouquíssima coisa mudou de lá para cá.

- The Underground Railroad - Colson Whitehead - O vencedor do Pulitzer de 2017. Um livro sobre a rede de pessoas que se organizaram para levar escravos fugitivos (das fazendas no sul dos USA) até um lugar seguro. Na vida real essa Ferrovia Subterrânea era só de pessoas, estradas e lugares, mas no livro o autor criou mesmo estações subterrâneas e trilhos com vagões. No livro lemos histórias das diferentes pessoas envolvidas com a ferrovia subterrânea: os escravos, os brancos que ajudavam, os brancos que perseguiam, os negros que perseguiam a mando dos brancos. Histórias que se entrelaçam de alguma forma e no centro está Cora que é escrava numa plantação de algodão e decide fugir.

- A História da Menina Perdida - Elena Ferrante. O último livro da série das italianas dramáticas de Nápoles. Não estava muito afim de ler esse livro mas não achei ninguém que me contasse o que acontecia então li tudo. A Elena Ferrante escreve bem, leitura flui, mas que história de revirar os olhos. No primeiro livro ela coloca um mistério que não é resolvido no quarto livro (afff), tem um romance no meio que não cola, o tal do Nino é insuportável, não sei qual das duas é a mais chata e nunca mais a Elena Ferrante me pega para ler um livro dela.

- Clarice - Benjamin Moser - Biografia da Clarice Lispector. Eu não sabia quase nada sobre essa escritora maravilhosa e agora sei mais um pouco.

- Hitmakers - The Science of Popularity in the Age of Distraction - Derek Thompson - um livro sobre a psicologia dos hits e a economia das midias. Porque determidados filmes, músicas, livros, personagens se tornam sucesso. Como a tecnologia muda e avança mais rápido que as pessoas. É um estudo e uma investigação do que chama atenção das pessoas no século 21. Tem ótimas histórias sobre carros, discursos do Obama, vampiros, música pop, pequenos negócios, coisas que viralizam, e a evolução livros-radio-tv-internet.

- Quando a Lua Canta Para o Lobo - Barbara Axt - Conheci a Barbara num pub em Londres e ela estava divulgando (e vendendo) seu livro. Apoiar novos autores é sempre importante. Esse livro é uma história de amor com elementos de fantasia, sobre Luna e Eric. Londres é bem descrita nesse livro e quem conhece a cidade vai se sentir andando por ela.

- Sourdough - Robin Sloan - Esse livro me deu vontade de comer pão. Muito pão. E pão específico. A história é sobre uma mulher que trabalha numa empresa de robôs em San Francisco e um dia resolve fazer pão. Sourdough especificamente - um tipo de pão de longa fermentação comum na cidade Californiana. É uma história divertida de como ela começa a produzir, depois vender e o conflito dela em largar o emprego.

- A Vida Invisível de Eurídice Gusmão - Martha Batalha - Que livro delicioso de ler! Adorei. Como diz no título esse livro é sobre a vida da Euridice Gusmão e todos a sua volta (seu marido, sua irmã, seus pais, sua vizinha fofoqueira, o dono da papelaria da esquina, etc). Eurídice é uma dona de casa no Rio de Janeiro, nos anos 1950,  cheia de talentos que desenvolve mas é sempre barrada de alguma forma pela sociedade, pelo marido, pelas circunstâncias.

- O Humano Mais Humano - Brian Christian - Humano mais humano é um título dado junto com um prêmio ao humano que conseguir provar através do teste de Turing que é um humano de verdade. Uma máquina é considerada pensante se conseguir convencer 30% dos juizes que é um humano através de uma série de perguntas em 5 minutos. E do outro lado humanos tentam fazer o mesmo. O autor do livro se inscreveu no prêmio de 2009 e no livro ele conta como estudou para poder responder as perguntas. E aí vai muita filosofia, linguagem, comunicação, como funcionam os programas de inteligência artificial, etc. A falha desse livro foi o autor não colocar seu teste para a gente saber como foi sua conversa (e ele ganhou o prêmio de humano mais humano daquele ano).

- Purple Hibiscus - Chimamanda Ngnozi Adichie - Esse livro conta a história da Kambili, uma garota de 15 anos, na Nigéria, que é de uma familia rica e tem um pai hiper religioso quase fanático (católico) e rígido. Seu pai é querido na comunidade porque ajuda muitas pessoas mas dentro de casa a realidade é outra. Kambili e seu irmão mais velho tem sua rotina de estudos, reza e pouca liberdade, quebrada quando eles tem que ir passar um tempo na casa da tia (irmã do pai). Com a tia e os primos eles aprendem que a vida pode ser melhor, mesmo com menos dinheiro. Tem um desfecho quase surpreendente (digo quase porque com tudo que é colocado no livro faz até sentido) e é muito bem escrito. Lerei mais da Chimamanda.

- Flâneuse: Women walk the city in Paris, New York, Tokyo, Venice and London - Lauren Elkin - Esse livro começa muito bem com uma filosofada sobre flanar (andar pela cidade e observar detalhes e pessoas) e porque isso era uma exclusividade masculina. Mulheres flanadoras eram raras nos séculos passados por todos os motivos que conhecemos (não andavam sozinhas, lugares não apropriados, não se davam o direito ao prazer de andar por andar observando, etc). Afinal o espaço não é neutro e a busca por essa neutralidade é sim uma causa feminista. Tem capítulos bons como o de Long Island que a autora morava numa cidade dependente de carros e se maravilhou quando se mudou para Manhattan. O capítulo de Tokyo é bom só porque ela é honesta em dizer que não gostou. Os outros são ela descrevendo o que outras autoras escreveram sobre os lugares (Virginia Woolf em Londres, George Sand em Paris), tem um capítulo inteiro que ela descreve um filme (muito chato), tem um capítulo sobre a Martha Gellhorn (jornalista de guerra e escritora) que é bom mas não serve o propósito do livro. Na volta dela a NYC dei uma boa revirada de olhos de tanto clichê. No finalzinho ela retoma o tema, mas achei essa autora chatinha.

- A Glória e seu Cortejo de Horrores - Fernanda Torres - Um livre sobre um ator, Mario Cardoso, e toda sua carreira (aventuras e desventuras) desde o teatro universitário na década de 1960 até as novelas de hoje. Os capítulos se alternam entre passado e presente (onde o ator montou uma versão fracassada do Rei Lear de Shakespeare). É um livro bem escrito, com humor e ironia. De quebra ficamos sabendo como funciona os bastidores de peças, filmes e novelas. A Fernanda Torres entende bem seus personagens. E o prazer de ler aumenta se você conhece a Tijuca e os tijucanos (a Tia Helô era tijucana roots). Um livro que começa com Rei Lear e termina com MacBeth.


Momento TOC Livros de anos anteriores:  
(1)(2), (3)(4), (5)(6), (7), (8), (9) e (10)

23.12.17

+Filmes

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha

A Rainha Victoria no ano do seu Jubileu recebeu uma moeda da India que fazia parte de seu império. Quem foi entregar essa moeda foi o Abdul. O Abdul era um escrituário em uma prisão na India e foi escolhido porque era alto.

A Rainha Victoria se encantou com o Abdul, ficaram amigos e ele se tornou o Mushi dela. Mushi é uma espécie de professor espiritual. A Rainha queria aprender as coisas da India, afinal ela era a Imperatriz da porra toda, e Abdul a ensinou a língua e os costumes.

Acontece que nem o filho da Rainha (e futuro Rei) nem o staff real curtiu essa amizade e colocaram uma pressão para mandar Abdul de volta para India. A Rainha Victoria não cedeu e ele só voltou quando ela morreu.

Para quem gosta das histórias da realeza britânica esse filme é bom. A Rainha Victoria foi monarca por 64 anos e certamente tem muitas histórias aí que ainda podem ser contadas.

A Tia Helô iria gostar da Rainha, já da esposa do Abdul escondida atrás da burka nem tanto. 51 "Ai, Jesus!" para Vic and Abs.


Me Chame Pelo Seu Nome

Esse filme é do mesmo diretor do ótimo A Bigger Splash (com Tilda Swinton e Ralph Fiennes).

Call Me By Your Name é um filme sobre: amor, sexo, descobrimento e crescimento. É um filme sexy e sensível.

Armie Hammer faz Oliver um estudante universitário que vai passar o verão na Itália, na casa de um professor. O professor tem um filho adolescente, o Elio. A família do professor é plural: ele é americano, sua esposa não descobri se era francesa ou italiana mas ela também falava alemão, o filho fala francês, inglês e italiano e estão todos inserido naquele ambiente de "moramos numa vila numa cidade pequena italiana".

Oliver é o típico americano confiante, com um pé na arrogância, mas afff que homem lindo! Todos amam Oliver, todos querem Oliver. Mas Oliver só queria uma pessoa.

O mais interessante nesse filme é a reação dos pais do Elio.

A cena final certamente vai render alguma indicação mara o Timothée Chalamet (o Elio) que consegue com o olhar, na duração de uma música, enquanto os créditos estão rolando, resumir toda experiência emocional do Elio até aquele momento.

Acho que esse filme poderia ter alguns diálogos melhores no início, só, o resto gostei de tudo. Quem não gosta de ver Armie Hammer dançando, nadando, jogando vôlei....

A Tia Helô iria tapar os olhos. 412 "Ai, Jesus!" para um pessego.



O Sacrifício do Cervo Sagrado (The Killing of the Sacred Deer)

Mais um filme do diretor de The Lobster e é tão esquisto quanto.

Colin Farrell e Nicole Kidman são um casal de médicos. Ele é cardiologista e cirurgião e ela é oftalmologista. Eles tem dois filhos.

Um dos pacientes do Colin Farrell morre na mesa de cirurgia e ele passa a dar atenção ao filho desse paciente. Acontece que esse rapaz tem uma surpresinha para o Colin Farrell onde o médico tem que fazer uma escolha.

Esse filme é muito interessante e assim como Mother! (mas mais sutil e melhor) faz suas referências bíblicas (e mitológicas).

Gostei desse filme.

A Tia Helô iria sacar logo as referências. Ou não. 622 "Ai, Jesus!" para o coração batendo no início.

15.12.17

Star Wars: Os Últimos Jedi


 The Last Jedi é o episódio VIII de Star Wars.

(Rogue One faz sim parte dessa saga mas é considerado quase um spin off e na linha do tempo seria o episódio 3.9)

COM TODOS OS SPOILERS. Avisei. (Não vou conseguir fazer um post sem spoilers.)

No fim do Despertar da Força (o episódio VII) a situação era a seguinte:
- Os rebeldes destruiram mais uma estrela da morte.
- Finn quase morreu e estava na ala médica da nave dos rebeldes.
- Poe Dameron feliz que explodiram tudo e General Leia triste com a morte do Han Solo.
- Kylo Ren revoltadinho com seu novo look (um corte na cara) fugiu junto com alguns outros da First Order.
 - e a Rey encontrou o Luke Skywalker em sua ilha.

O episódio VIII já começa com uma espetacular perseguição de naves com muitas explosões e Poe Dameron no comando. Meu pedido de darem mais tempo de tela ao Oscar Isaac foi atendido, obrigada! Acontece o Poe Dameron toma as piores decisões nesse filme e muitos rebeldes morrem. Poe é aquele cara que quer fazer tudo agora, "vamos explodir coisas!", "precisamos reagir", e enquanto isso toma PAH! da General Leia e da Almirante Holdo. Felizmente no fim o Poe Dameron é capaz de aprender sua lição e consegue ver que nem sempre explodir tudo é a solução.

Falando na Almirante Holdo, ela chegou agora e já teve a cena mais impactante e maravilhosa de todo o filme.

Do querido BB-8 vou só dizer que ele salva muita gente nesse filme. Muito amor por esse androide.

Kylo Ren foi chamado pelo Snoke que o chamou de garoto mimado e incapaz. Kylo teve um ataque de birra no elevador, pegou sua nave e decidiu que ia explodir as naves dos rebeldes que estavam tentando fugir.

Aliás, esses rebeldes passam o filme todo fugindo e a First Order está só esperando eles acabarem o combustível. (Quando que combustivel foi problema em Star Wars?)

Kylo Ren quase aperta o botão para mandar General Leia, sua mãe, pelos ares mas não faz. Mesmo assim alguém joga uma bomba e Leia vai parar no meio do espaço mas usa seus poderes Jedi para sobreviver numa cena bonita.

Enquanto isso....Rey está na ilha com Luke Skywalker.

Luke nem quer ouvir falar dos Jedi, ele está curtindo sua vida subindo e descendo escadas, tomando leite verde de criaturas com 4 tetas, pescando de forma inusitada e sendo cuidado por umas freiras bem engraçadas.

Chewbacca também está na ilha e faz novos amigos: os fofos e engraçados Porgs.

Mas Luke não consegue ignorar a Força em Rey (ela é poderosíssima) e decide treiná-la em 4 lições, mas só vemos 2 mesmo. Rey é chamada pelo lado negro da força e vai ver qual é. Ela quer saber muito quem são seus pais. (depois o Kylo Ren conta para ela)

Rey e Kylo Ren começam a se comunicar via Sense 8. Eles se veem, conversam e até se tocam mesmo estando em lugares beeeem diferentes (uma nova faceta da Força até então desconhecida para todos nós). Kylo Ren quer que Rey seja sua BFF no lado negro da Força.

(Pausa para dizer que Kylo Ren está com a malhação em dia.)

Luke diz que não vai a lugar nenhum e Rey decide resolver a parada indo encontrar Kylo Ren e tentar convencê-lo a voltar a ser Ben Solo. Chegando na nave Kylo Ren a leva direto para o Snoke.

Quem é Snoke? De onde vem? O que ele come? Ninguém sabe. Ele só falou muito, não disse nada e morreu. É isso. Vilão que só serviu para a gente ver uma das cenas de luta com sabre de luz mais bacanas de toda a saga: Kylo Ren e Rey juntos lutando contra soldados samurais vestidos lindamente de vermelho.

Logo depois Kylo Rey e Rey se enfrentam e a única coisa que acontece é partir o sabre de luz do Luke no meio.

Gosto do Kylo Ren/Ben Solo. Acho que o Adam Driver acertou mesmo nesse personagem. O Kylo Ren tem muitos daddy issues: com Han Solo, com o Snoke e com o Luke. Vai um Freud aí?

Também gosto muito da Rey, ela arrasa.

Outro personagem que acho divertido é o General Hux, e acho que ele não vai mais deixar as birras do Kylo Ren passarem em branco no próximo filme.

E aí chegamos na parte final do filme que acontece num planeta que tem uma base antiga dos rebeldes e os 20 rebeldes restantes vão para lá. A First Order que está decidida a dizimar todos os rebeldes chega lá com uma mini estrela da morte (porque não é Star Wars se não tiver uma estrela da morte) e temos mais uma batalha. Cenas lindas num lugar que parece um deserto de sal, mas que embaixo da camada branca tem uma vermelha que deixa tudo mais bonito.

Se O Despertar da Força é laranja, Os Últimos Jedi é vermelho.

Nessa batalha até Poe Dameron se retira e Finn vai numa vibe kamikaze mas a Rose o salva. Sinceramente, se Finn tivesse morrido ali teria sido digno. Quem é Rose? É a nova personagem que ficou melhores amigas do Finn e os dois tiveram a PIOR parte do filme no planeta cassino. Poderiam ter cortado toda essa parte, mas volto a comentar isso mais na frente.

Luke tem uma conversa linda e sincera com o querido e divertido Yoda (o boneco e não CGI, yes!) e aprende que os erros e os fracassos também importam.

Luke aparece lá na base, troca uma idéia com a Leia e vai resolver a parada. Kylo Ren e Luke Skywalker, sobrinho e tio, decidem as diferenças numa luta e no fim descobrimos que Kylo estava enfrentando uma projeção de seu tio. Whaaaaat? Pois é. Toma essa Kylo Ren!

Nisso a Rey apareceu do nada na Millenium Falcon e foi salvar os 10 rebeldes que acharam um buraco para sair da base. Poe Dameron, Finn, Rose e General Leia incluídos. C3PO também.

E R2D2? Ele aparece para um momento nostálgico que vale a pena.

Sinto dizer mas Luke Skywalker cansado da luta em proejeção com Kylo Ren vira ar no fim desse filme e é muito bonita essa cena, especialmente ele olhando os 2 sóis assim como fazia em Tatooine em A New Hope.

Então para o episódio IX, que será dirigido pelo JJ Abrams, temos:

- Rey e o que restou dos rebeldes ainda estão fugindo da First Order. (Os pais da Rey a venderam por uns drinks e não são ninguém na fila do pão, segundo o Kylo Ren e espero que ele não esteja mentido. Ponto positivo a Rey não ser de linhagem conhecida.)
- Kylo Ren é o novo chefão da First Order, mas General Hux está de olho.
- Poe Dameron e Rey finalmente se conhecem, e se fosse a Rey não perdia a oportunidade. Just saying.
- Poe Dameron e BB-8 ficam separados um tempo e seu reencontro é lindo. Eu coração Oscar Isaac.
- Finn está cuidando da Rose machucada.
- General Leia está viva e com muita esperança na nova Aliança Rebelde que vai surgir. (e nós curiosos como vão fazer sem a Carrie Fisher)
- Luke Skywalker kaput, mas sempre pode voltar como fantasma camarada da Força.
- Ah, e tem aquele garotinho no planeta cassino que tem a Força e o anel dos rebeldes que a Rose deu para ele. (20 minutos inuteis de filme só para esse garotinho fazer sentido no fim).

Resumindo: Achei esse filme divertido, tem cenas muito bonitas e tem cenas emocionantes, mas tem o ritmo quebrado e certamente poderia ter 20 minutos a menos. Gostei de muitas coisas porém, as vezes, achei que era didático demais. Confesso que em algumas partes revirei os olhos. Pronto. Falei.

Vamos ver o que vai acontecer no próximo.

A Tia Helô iria ficar aliviada de ter visto menos Stormtroopers morrendo dessa vez. 157 "Ai, Jesus!" para Os Últimos Jedi.


Update: uma foto do Poe Dameron (Oscar Isaac) por motivo de: adoro.





11.12.17

+Series

Godless

Série western da Netflix sobre uma cidade que perde quase toda a população masculina por conta de um acidente em uma mina. É uma cidade de viúvas e elas estão se virando até a chegada de um estranho (baleado) na casa da Alice Fletcher (Lady Mary de Downton). Alice cuida do Roy (o estranho) e esse passa a ajudá-la com os cavalos em seu sítio.

Acontece que Roy tem uma rixa com o Frank (Jeff Daniels ótimo!) de longa data e o Frank é o pior bandido da área. Ele e seu bando aniquilam cidades inteiras e estão indo rumo a cidade das viúvas.

Achei essa série ótima! Adoro um western, ainda mais girl power, e a história é muito bem desenvolvida. Jeff Daniels está num dos melhores papéis que ele já fez, Michele Dockery e Jack O'Connel tem química e a ótima Merritt Wever rouba a cena algumas vezes.


Punisher

Mais uma série da Marvel para Netflix. O Justiceiro apareceu na segunda temporada do Demolidor já contando sua história de origem (resumindo: sua familia foi assassinada e ele matou todos os envolvidos diretamente). Nessa primeira temporada de sua série própria, que acontece depois dos eventos em o Demolidor, o Justiceiro está trabalhando em uma construção, na dele, tentando levar a vida (com nome falso) quando se vê tendo que fazer justiça com as próprias mãos mais uma vez. E aí é uma bola de neve.

O Justiceiro (tradução ruim já que ele castiga - punish- mais do que faz justiça) não é um herói, ele não tem super poder (a não ser matar com extrema eficiência) e está sempre metido em confusões.

Nessa temporada ele se reencontra com seu parceiro de exercito Billy que agora é um dono de empresa de segurança (e tem um rosto muito bonito como dizem o tempo todo na série). Tem também a investigação de uma agente do FBI sobre um video que ela recebeu de uma morte ilegal praticada por soldados americanos.

É uma série que tem muita violência, mas também tem temas interessantes sobre guerra, traumas de guerra, a guerra como um negócio, controle de pessoas e terrorismo.

Gostei bastante dessa série, achei bem feita e os personagens bem desenvolvidos. Os últimos 5 episódios são muito bons.


The Marvelous Mrs. Maisel

Série da criadora de Gilmore Girls para a Amazon. A Mrs. Maisel é uma jovem senhora judia, casada com dois filhos que apoia o marido em tudo, até na vontade dele ser comediante (sem muito talento para tal). Um dia o Mr. Maisel decide abandonar a família e Mrs. Maisel é quem vai para o palco fazer stand up e ela é MUITO engraçada. Isso em 1958.

A familia da Mrs. Maisel quer que ela volte com o marido, até o marido tenta volta, mas ela diz "você foi embora.' PAH! Ela abraça a vida de comediante (vai até presa por falar palavrão).

Assim como Gilmore Girls tem falas muito rápidas, muita gente falando ao mesmo tempo e muitas referências. E tem uma trilha sonora que vai de Frank Sinatra e Barbra Streisand (claro) a David Bowie.

O interessante é ver os valores da época com os olhos de hoje. Frases que são ditas que deveriam ser absurdas inclusive naquela época, a importância das aparências e situações que até hoje persistem. Tem humor mas também é séria. Como disse no Vulture "as piadas de Mrs. Maisel descem fácil mas a dura verdade não."

Mrs. Maisel surpreende a todos e, como dizem em inglês, drops the mic.


The Crown 2

Olha, que segunda temporada maravilhosa. Essa série é muito bem feita.

Rainha Elizabeth 2 agora está as voltas com seu marido fanfarrão que foi passar 5 meses passeando em um navio com azamigues, depois tem a confusão do Canal de Suez, ela passa por mais 2 primeiros ministros, tem um encontro com os Kennedys, tem mais 2 filhos e a Margaret finalmente se casa.

Destaco os episódios 6, 8 e 9. Palmas para Claire Foy, ela não vai mais ser a Rainha na terceira temporada mas deixou o patamar bem alto para a próxima atriz.

9.12.17

Arcade Fire

Gosto bastante da Arcade Fire, tanto que fiz dois posts aqui no blog: um sobre o video de We Exist e o outro é o analisando a música de Everything Now.



Assim que anunciaram que viriam para o Rio de Janeiro nesse novo tour da banda comprei um ingresso.



O show inicialmente seria em uma das novas arenas do Parque Olímpico e eu estava disposta a ir até São Paulo a Barra da Tijuca. Não sei o que aconteceu mas transferiram o show para a Fundição Progresso que tem lotação de 5 mil pessoas e fica na Lapa.

Adorei essa mudança por dois motivos: é mais perto de casa e num lugar menor o show é muito melhor (você vê de perto e escuta melhor).

A banda antes do Arcade Fire foi a colombiana Bomba Estéreo que eu não conhecia e gostei.

O Show do Arcade Fire foi desenhado para ser em uma arena mesmo. O palco é um ringue de boxe com cordas e aquele telão quadrado em cima. Na Fundição ficou um meio ringue e ficou ótimo!

A iluminação desse show é espetacular.



A banda é sensacional ao vivo. Tocaram todas as músicas que eu mais gosto (Go Cars Go, Ready to Start, We Exist, Put Your Money On Me, Everything Now), tocaram Reflektor  a música que gravaram com o David Bowie e dedicaram o show a ele, e tocaram várias outras que fizeram o público dançar, pular e cantar.



O Will Butler deu algumas voltas no meio do público e até meu amigo Luiz apertou a mão dele.

Terminou com a banda saindo do palco no meio do público com os músicos tocando como se fosse um bloco de carnaval.

Olha Arcade Fire, voltem sempre, quero vê-los ao vivo outras vezes.


6.12.17

Liga da Justiça

Depois do Homem de Aço, de Batman x Superman e do ótimo filme da Mulher Maravilha temos todos juntos.



(Teve o Suicide Squad no meio mas esse filme é tão ruim que é melhor nem mencionar)

No Batman x Superman eles enfrentaram um monstro megalomaníaco meio ET meio sei lá o que e para matar o bicho o Superman teve que morrer.

Aí o Batman ficou (mais) deprimido e em uma de suas caçadas descobriu que outro ser mitológico (ou extra terrestre) está planejando atacar a terra e sozinho ele não dá conta. Especialmente porque ele não tem poder nenhum, só muito dinheiro.

Aí ele bate um fio para a Diana, que está em Paris limpando estátuas e prendendo bandidos de vez em quando, e diz que precisam juntar a turma.

Batman vai atrás do Aquaman e Diana vai tentar convencer o Cyborg. O Flash topou na hora.

O vilão é o Steppenwolf, um ser que quer transformar a terra em trevas e para isso ele precisa de 3 caixas. Uma das caixas está com as Amazonas, a outra está no fundo do mar e a terceira está com os homens. Steppenwolf consegue duas e vai atrás da terceira capturando o pai do cyborg (que usou a caixa para salvar o filho).

A energia da caixa é tão poderosa que eles usam para trazer o Superman de volta. Isso mesmo. Vão lá desenterrar o caixão do Clark Kent, jogam ele num líquido e o Flash liga a caixa com sua super velocidade.

O problema é que Superman lembra que o Batman queria matá-lo e a turminha tem que convencer o ser mais poderoso a se juntar a eles para destruir o Steppenwolf que criou um QG na Russia.

As críticas desse filme eram as piores mas não achei esse filme ruim, foi melhor do que esperava. Tem muitas coisas que poderiam ser melhores? Sim, especialmente aquele efeito tosco que fizeram para apagar o bigode do Henry Cavill.

A Mulher Maravilha é a melhor coisa da DC no cinema, ainda gosto do Batman do Ben Affleck, achei o Flash divertido (nem achei que a piadinhas foram exageradas), Cyborg contribuiu bastante, e gostei to Aquaman, vereio filme dele.

No fim de todas as letrinhas tem uma cena extra que deixou um gancho muito bom para um próximo filme. É só trabalhar nos defeitos desse Liga da Justiça que o próximo pode ser melhor.

A Tia Helô provavelvente gostaria de ver o Superman de volta, ele é bom moço. 215 "Ai, Jesus!" para as tatuagens do Aquaman.

5.12.17

Fábrica Bhering

A Fabrica Bhering é o prédio da antiga fábrica de chocolates (que começou a funcionar em 1880) na zona portuária do Rio de Janeiro.


A fábrica de chocolates agora funciona no interior de Minas Gerais.

O prédio do Rio abriga galerias de arte, lojas e ateliês de pintura, escultura, fotografia e moda.



No primeiro sábado de cada mês tem um evento onde os artistas abrem suas portas e o público geral pode visitar todas as áreas da fábrica.



Tem lojas que funcionam normalmente durante a semana.



Algumas máquinas da fabricação de chocolate ainda estão lá num museu decadente mas que combina com a estrutura do prédio.

para esmagar grãos de cacau


Dentro tem um elevador que depois de um certo número de pessoas no lugar eles fecham e a saída é subir as escadas. São 6 andares até o terraço e de lá tem uma vista para alguns dos prédios novos da área portuária.



É um passeio diferente para fazer na cidade e é sempre bom ver o que está surgindo de novo e criativo.

4.12.17

Florianópolis (4) Campeche

Essa foi a única praia do sul da ilha que fomos. O Campeche também é um bairro com mais estrutura mas não é aconchegante como a Lagoa da Conceição ou talvez a Barra da Lagoa.

praia e ilha do campeche

Tudo no Campeche é uma referência ao Pequeno Príncipe. Na década de 1920 o Antoine Saint Exupery pousava em Florianópolis a caminho de Buenos Aires e conviveu com os pescadores daquela região. Ele era conhecido como Zé Perri.



E é da praia do Campeche que saem os botes que vão para a Ilha do Campeche. Isso mesmo: botes.



A praia do Campeche tem ondas, e surfistas, e por isso para passar pelas ondas só de bote mesmo.

Até a ilha é menos de 10 minutos mas molha bastante.

outro lado da ilha

A ilha é preservada e o único lugar público é a pequena praia com águas cristalinas (e muitos quatis).



Pela ilha é possível fazer trilhas guiadas e tem de várias durações. Nós fizemos uma de uma hora e meia que nos levou até o outro lado da ilha (me senti em LOST) para ver inscrições rupestres e uma perda fincada que achei maravilhosa.

pedra fincada

Gostei de Florianópolis. Faltou conhecer várias praias como: Armação, Matadeira e Lagoinha do Leste (todas no sul doa ilha) e Praia BRava e Costão do Santinho para o norte. Faltou também conhecer as praias do continente como a Praia do Rosa. Ficou para a próxima vez.

água gelada mas ótima!




3.12.17

Florianópolis (3) Jurerê e Santo Antônio de Lisboa

Praias do norte da ilha.

Jurerê é conhecida, praia de beach clubs e baladas. É um bairro que parece suburbio americano (ou condomínio fechado) com casas sem muros.

A faixa de areia é estreita, o mar é sem onda mas é menos frio do que no nas outras praias que fomos. Tinha um paredão de vendedores ambulantes entre os frequentadores da praia e o mar.



Ao longo da praia tem os Beach Clubs que são restaurantes que em algum momento viram boates.

O que achei mais interessante em Jurerê foi o calçadão que fica entre um matagal e as casas. A areia da praia fica depois das plantas.

calçadão de jurerê

Fora isso  achei meio cidade fantasma, mas dizem que no verão pega fogo.

uma pessoa (meu amigo vitor)

Colado em Jurerê tem a Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Um forte de 1740 que fica no alto do morro e tem uma vista linda.



De Jurerê fomos até Santo Antônio de Lisboa que é uma pequena vila de pescadores que ainda tem umas 4 casas açorianas. Em Santo Antônio tem muitos restaurantes com vista para o mar (sem ondas) e deve ter um por do sol lindo (mas no dia que fomos estava nublado). De lá dá até para ver a ponte.

2.12.17

Florianópolis (2) Joaquina, Praia Mole e Barra da Lagoa

Essas três praias ficam no leste da ilha na área central. São as praias mais perto da Lagoa da Conceição e são de surf.

A Joaquina é um pico clássico da cidade e é sede de uma das etapas do WCT. Kelly Slater já surfou muito nas ondas de lá.




No alto da praia tem um hotel e alguns restaurantes e biroscas. Na areia pode alugar barraca e cadeira. Mais nada. É para ver o surf.


Na Joaquina também tem um parque de dunas maravilhoso. Do alto da duna dá para ver o mar, a montanha e a lagoa. E é um ótimo lugar para o sandboard.



A Praia Mole é belíssima, e tem esse nome porque a areia é muito fofa. Muito fofa mesmo. Nessa praia tem umas 3 barracas/restaurantes mas para sentar na areia tem os caras que oferecem cadeira e barraca (igual no Rio de Janeiro).

 
caminho para praia mole

Andando para a esquerda da Praia Mole, depois de endurecer as panturrilhas na areia fofa, tem umas pedras. Do outro lado dessas pedras já é Galheta, a praia de nudismo da ilha.

praia da galheta

E do alto do morro atrás da Praia Mole tinha vários parapents voando.



A Barra da Lagoa já é um bairro propriamente dito: tem casas, lojas, mercado, etc. Nessa praia tem o canal que vai do mar para a Lagoa da Conceição. Inclusive pode ir para o centrinho da Lagoa de barco.

tem surf, mas no dia que fomos as ondas estavam tímidas

A praia é boa, com muito mais barracas e pessoas chamando para sentar.



Na Barra fica o Projeto Tamar que não é muito grande mas tem tartarugas fofas.



E foi na Barra da Lagoa que bebi um caldo de cana com limão que deveria ser obrigatório em todo território nacional.

com limão, por favor.