29.12.15

Momento TOC Livros (9)

Esse ano não consegui passar dos 17 livros. Fiquei abaixo da média dos últimos anos (20 livros) mas vou manter a meta de 25 livros para o ano que vem. Um dia eu consigo. Então vamos a lista de 2015.

- To Rise Again At a Decent Hour - Joshua Ferris - Esse livro foi indicado a alguns prêmios (Man Booker era um deles) e estava em várias listas de indicações de leitura. É sobre um dentista, Paul, que tem sua vida hackeada. Alguém cria um website, twitter e facebook falsos, e essa pessoa sabe muito da vida do Paul. Acontece que começam aparecer alguns posts anti-semitas em nome do Paul (que é ateu), ele fica preocupado e decide investigar e tentar achar o hacker. O Paul é um chato. Pronto falei. O hacker tem uma história interessante.

- Quem Vai Ficar Com Morrissey - Leandro Leal - Eu gosto da The Smiths e comprei esse livro pelo título. O livro é sobre o Fernando, um jornalista arrogante, condescendente, depressivo (mas não de fato) e infantil. Ele acha que as mulheres com as quais ele se relaciona tem que gostar das mesmas coisas que ele e se não gosta ele tenta doutriná-las. Ele é dessas pessoas que quando coisas acontecem ele escuta uma música para ocasião (nem que seja mentalmente), e é aí que entram as músicas do The Smiths (e outras). Um dia ele se apaixona, leva um fora, a história não fica melhor e o Fernando cada vez mais insuportável.

- How To Build a Girl - Caitlin Moran - É um livro sobre adolescência, mas bem realista e já começa chocando. Johanna é uma inglesa de 14 anos (o livro vai até os 18 anos dela) que é gordinha, mora numa cidade pequena, sua família (grande) é pobre (e depende de auxílios do governo). Ela gosta de escrever e até ganha um concurso de poesias mas depois de um episódio humilhante na tv ela cria uma persona, Dolly White, que gosta de música e é meio gótica. Johanna compra revistas e discos e começa escrever sobre música e bandas. Ela consegue um emprego numa revista maior e sua vida fica interessante.

- A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert - Joel Dicker- Um livro sobre um escritor escrevendo um livro sobre outro escritor. Um tapa de metalinguagem. Marcus é um escritor medíocre que vai atras de seu professor da faculdade, Harry (que é escritor de sucesso) para ajudá-lo. Acontece que o Harry estava sendo preso porque acharam um corpo no jardim dele. O Marcus decide investigar e escrever um livro sobre a história. Achei divertido. (a capa da edição nacional é bonita)

- The Anatomy of Dreams - Chloe Benjamin- Esse é sobre dois pesquisadores de sono e sonhos. Sylvia e Gabe se conhecem no high school, mas o Gabe some e só reaparece no penultimo ano da faculdade dela. Ele a convence a largar tudo e seguir um  professor que está fazendo uma pesquisa em pessoas que tem problema com sono. Tem uns twists interessantes, mas as vezes é confuso.

- Funny Girl - Nick Hornby - tem post.

- Sweetness #9 - Erik Clark - daqueles livros de ficção que estão muito perto da realidade. Tem post.

- Beautiful You - Chuck Palahniuk- versão do Chuck para 50 tons de cinza e ficou bom. Tem post.

- In The Unlikely Event - Judy Blume - Já disse que a Judy Blume é uma das minhas autoras favoritas (especialmente na fase pré-adolescente), as vezes ela escreve livros para adultos como o Summer Sisters que li ano passado. Esse é sobre a queda de não um, mas três aviões numa pequena cidade de New Jersey (entre 1951 e 1952) e como esses acidentes afetaram as vidas das pessoas (e cidade). Os persongens são fictícios, mas as quedas dos aviões foram reais. (Claro que a personagem central é uma adolescente, afinal é o que a Judy escreve de melhor)

- David Bowie e os Anos 70 - O Homem que Vendeu o Mundo - Peter Doggett - um livro sobre a fase mais produtiva do David Bowie. A história do rock star (e gênio) é contada em poucos capítulos e a maior parte do livro é uma espécie de análise das músicas dessa época uma por uma. Par ler escutando Bowie.

- Mirtes Ainda Vive - Daniela Abade - Sigo a Daniela Abade no twitter e fiquei curiosa para saber porque a Mirtes ainda vive. É um livro sobre uma road trip de duas senhoras idosas (afinal a Mirtes tem 89 anos) e o neto com síndrome de down. A Mirtes, assim como o João de Santo Cristo, só queria ir a Brasília falar com o presidente. A aventura das tias é boa, a narrativa é variada (tem umas cartas da filha no meio) mas achei o fim meio abrupto (queria saber um pouquinho mais).

- The Girl On The Train - Paula Hawkins - A Rachel foi traída pelo marido, é uma alcoolatra, está morando de favor com uma amiga, está desempregada e todo dia pega um trem (para dizer que está indo trabalhar) que passa pela casa onde ela morou com o marido (e ele agora mora com a nova esposa e filho). Ela tem uma fantasia com o casal da casa vizinha (acha que são perfeitos) que ela observa pelo trem até que um dia ela vê a esposa com outro homem. E aí segue uma história de mistério e muitas quedas por bebedeira. Divertido.

- Cordilheira - Daniel Galera - Gostei de Barba Ensopada de Sangue e decidi ler esse livro que o Daniel Galera escreveu antes. É sobre Anita, orfã (mãe morreu no parto, pai num acidente de carro anos depois), escritora (escritores adoram escrever sobre escritores né?) e quer ser mãe. Acontece que seu namorado não está a fim e terminam. Ela tem um grupo de amigas (estilo Sex and The City) mas 2 delas tentam suicídio e a Anita vai para Argentina divulgar seu livro e conhece um homem. É bem escrito mas achei o fim um pouco corrido (assim como o Barba).

- All The Light We Cannot See - Anthony Doerr - Esse livro venceu o Pulitzer de 2015. É sobre uma garota francesa e um rapaz alemão um pouco antes e durante a segunda guerra. É um livro sobre destino e caminhos que se cruzam. A história é boa, os personagens interessantes, foi uma leitura agradável mas eu só queria que terminasse logo.

- O Filho de Mil Homens - Valter Hugo Mãe - esse livro estava aqui em casa e peguei para ler. Conta a história de algumas pessoas que moram numa vila e como estão interligadas. É bom, curto, mas a prosa as vezes é puro sonífero.

- NW - Zadie Smith - Esse livro estava na minha wishlist da Amazon há uns 3 anos e finalmente peguei para ler. A história é sobre 4 pessoas que moram no noroeste de Londres (bairros onde a maioria é de imigrantes caribenhos, africanos e alguns irlandeses, que vivem em conjuntos habitacionais). Lea e Natalie são amigas desde sempre, uma virou meio hippie e a outra advogada de sucesso (mas voltou para morar na fronteira do bairro). Felix aparece no meio do livro para uma contribuição trágica e tem o drogado Nathan. O livro tem vários tipos de narrativas (tem um capítulo que os paragrafos seguem uma numeração.). Ler esse livro foi como pegar o mesmo ônibus todo dia, escutar uma conversa alheia das mesmas pessoas e ter que juntar os pedaços para fazer sentido e a conclusão ser sem graça. Não curti, devia ter acreditado nos comentários da Amazon e do Goodreads.

- Tony and Susan - Austin Wright - um livro de 1993 que voltou a tona porque o próximo filme do Tom Ford (com Jake Gyllenhaal) vai ser baseado nele. É a história de Susan que recebe o livro Nocturnal Animals que seu ex-marido escreveu para ler e criticar. Tony é um personagem do livro do ex-marido que no meio de uma viagem com a esposa e a filha ele é abordado por elementos criminosos. O leitor vai lendo o livro junto com a Susan e ainda fica sabendo dos babados da vida dela. Achei bom, o Nocturnal Animals prende a atenção.


Os momentos TOC Livros anteriores:  (1)(2), (3)(4), (5)(6), (7) e (8)

27.12.15

+Filmes

The Revenant

Leo DiCaprio faz uma espécie de consultor de caça ou de como andar nas terras frias e fugir dos índios para um oficial e seu grupo. Um dia eles são atacados por um grupo de índios e tem que fugir. No meio da fuga o Leo é atacado por um urso.

Gente, queria dizer que o tubarão de Jaws é um fofo perto desse urso.

Leo fica mal, os colegas o carregam mas chega num ponto que fica difícil e eles tem que decidir deixar o Leo lá para morrer. O capitão diz para 3 homens ficarem (um deles é filho do Leo) cuidando dele e no fim dar um enterro decente.

O Tom Hardy acha tudo uma perda de tempo e recursos, decide acelerar o destino do Leo e o deixa lá numa cova.

Acontece que o que o Tom Hardy não sabe é que o Leo só morreu no naufrágio do Titanic porque a Rose não quis dividir a tábua com ele.

Com Leo DiCaprio não se brinca.

A fotografia desse filme é es-pe-ta-cu-lar. É um filme com mais de duas horas e pouquíssimos diálogos que passa rápido. A direção é ágil. Leo DiCaprio está ótimo e merece levar o Oscar se for indicado.

A Tia Helo não ia aguentar. Muito sangue na neve. 528 "Ai, Jesus!" para Leo e seu amigo urso.


Sicario

Um filme sobre a guerra contra as drogas na fronteira dos EUA com México. Ou quase isso.

Depois de descobrir uma casa com paredes revestidas de cadáveres (esse pessoal do cartel é criativo na construção civil) uma agente do FBI, Kate, é escolhida para acompanhar uma missão não muito oficial de perseguição a um dos lideres do cartel.

Ela vai com o Benicio Del Toro e o Josh Brolin atrás da galera que opera na fronteira (as vezes mais do lado do México) e aprende que o buraco do túnel é mais embaixo.

Toda vez que vejo algum filme ou série (como Narcos) sobre drogas fico impressionada com as quantidades traficadas e como os chefões ficam ricos. Tento imaginar a quantidade de narizes que cheira cocaína pelo mundo e me recuso a acreditar numa quantidade tão grande. No filme o personagem do Josh Brolin diz que é 20% da população (acho que dos EUA). É muita gente. Essa guerra não vai acabar nunca.

A Tia Helo ia ficar passada. 725 "Ai, Jesus!" com o tanto de pacotes que cabem na mala do carro.

Room

Uma adolescente foi raptada e colocada num quartinho no quintal de uma casa. Lá ela teve um filho do seu captor e quando o menino faz 5 anos ela decide que basta.

Um filme sobre ficar enclausurado num espaço pequeno. A mercê de um agressor estuprador. A vida num quarto.

É um tema pesado contado a partir da visão da criança que deixa o filme com uma certa leveza.

Achei esse filme muito bom. A Tia Helô que já tem um certo medo "deles" não ia curtir o clima meio claustrofóbico, 250 "Ai, Jesus!" para o Jack dormindo no armário.


Brooklyn

Depois de três filme pesados, um leve.

A Eillis é uma irlandesa que, com a falta de emprego na Irlanda, vai para os EUA trabalhar. Chegando no Brooklyn ela mora numa pensão para moças e trabalha numa loja de departamentos. Ela tem muita saudades de casa. Bem, até o dia que ela conhece um italiano sangue bom.
Um dia ela tem que voltar para a Irlanda e aí fica dividida.

Gostei desse filme, é leve e é fofo.

A Tia Helô iria adorar esse filme, tem boa moça católica irlandesa. Só 4 "Ai, Jesus!" para o pessoal do Brooklyn (na década de 1950, porque para os hipsters de hoje seria muito mais).

25.12.15

+Filmes

Três filmes recentes com cenas de natal.

Carol

Um filme sobre duas mulheres que se apaixonam. Carol é mais velha, experiente, casada e com uma filha. Therese ainda está descobrindo as coisas mas é só a Carol propor qualquer coisa que ela aceita.
Acontece que as duas estão nos anos 1950 e o relacionamento homossexual era visto como "pessoas daquele jeito". Então a Carol tem que enfrentar um marido que não quer o divórcio.

Nada acontece nesse filme, não tem grandes conflitos, nem dúvidas. É lento, a Carol da Cate Blanchett é um pouco afetada, a Rooney Mara como Therese é mais interessante (mas ainda assim é chatinha) e só gostei da reconstituição de época.

(Os críticos estão considerando esse um dos melhores filmes do ano. Não entra no meu top 5. Mad Max: Fury Road ainda é o melhor filme que vi esse ano.)

A Tia Helô ia dormir nos primeiros minutos desse filme, mas se ficasse acordada diria uns 200 "Ai, Jesus!"


Joy

A Joy tem uma vida difícil. Os pais se separaram, a mãe só quer ficar na cama vendo novelas, seu ex-marido ainda mora no porão da casa, seu pai volta para morar em casa e ela tem 2 filhos. A Joy gosta de inventar coisas e um dia ela tem uma ótima idéia.

Joy inventa um esfregão cheio de truque que facilita a vida da dona de casa, mas sua família mais atrapalha do que ajuda até o dia que ela decide tomar as rédeas da vida. You go girl!

Achei esse filme bom (a Joy é bem mais interessante que a Carol) e tem o Bradley Cooper.

A Tia Helo ia gosta da Joy. 53"Ai, Jesus!" para as falcatruas do pai dela.


Spotlight

Um filme sobre os jornalistas do Boston Globe que desvendaram o escandalo dos padres pedófilos e como a arquidiocese local acobertava tudo colocando a Igreja Católica como um todo numa sinuca.

Eu gosto de filmes sobre jornalistas, esse é muito bom e me lembrou outro ótimo: Todos os Homens do Presidente com o Robert Redford e Dustin Hoffman.

E tem o Mark Ruffalo. I rest my case.

A Tia Helo ia não ia gostar desse filme. 275 "Ai, Jesus!" cada vez que a lista dos padres safados aumentava.


18.12.15

Star Wars: O Despertar da Força

Quando fui morar nos EUA, ainda criança, tinham lançado o primeiro filme, Star Wars**, no ano anterior. Eu só vi depois na tv e comprei os bonecos da Princesa Leia e Luke Skywalker.

** A New Hope foi o título dado depois.

O Império Contra-ataca, que para mim (e 99,9% dos geeks e nerds), é o melhor filme da série disparado e um dos melhores plot twists ever, vi no cinema. Adoro.

O Retorno do Jedi também vi no cinema e gostei, tem cenas de ação ótimas mas aqueles ewoks...não George Lucas, apenas não.

Aí muitos anos depois vieram os filmes que seriam prequels de Star Wars. Comprei ingresso antecipado para ver o primeiro, A Ameaça Fantasma, e confesso que foi uma decepção. Em uma palavra: Jar Jar Binks. WTF George Lucas?? Os dois seguintes, O Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith, são um pouco melhores (tem yoda lutando, tem a formação do exercito dos Stormtroopers, tem senador mauzão, Anakin pirando na batatinha, Obi Wan sendo Obi Wan, Darth Vader surgindo, etc) mas os diálogos são tão ruins, mas tão ruins, que deixam algumas cenas sérias muito engraçadas (ou vergonha alheia).

Para piorar o George Lucas fez algumas mudanças desnecessárias nos filmes originais. E a Disney (argh) agora é dona de tudo.

Confesso que fiquei um pouco apreensiva com essa nova leva que vem aí mas o J J Abrams é mega fã da série, fez um reboot ótimo da série do Star Trek e achei que ele ia fazer um bom trabalho. Sem contar que boa parte do elenco original ia estar de volta. E George Lucas se afastou.

(Para quem quiser saber minha ordem dos filmes de melhor para pior: Império Contra-Ataca, Guerra nas Estrelas- o primeiro, Retorno do Jedi, A Vingança dos Sith, Ataque dos Clones e Ameaça Fantasma)

Comprei o ingresso antecipado para O Despertar da Força e fui com os amigos geeks do dia da estréia (ontem).

Detalhe: fui ver esse filme sem saber de nada. Não tinha visto nenhum trailer (e foi difícil evitar spoilers).

O filme é ótimo!! A história do filme é: o Luke Skywalker está meio que perdido/escondido e o pessoal da resistência está atrás dele. Quem está aterrorizando a galaxia far far away é a First Order, que é um Império reloaded e eles também querem saber onde está o Luke. E aí muitos tiros, naves voando, sabres de luz, robôs, festa estranha com gente esquisita, lado negro da força, jedis, etc.

Tem tudo: todas as referências aos filmes anteriores estão lá, o android novo BB8 é uma delícia (mas ainda tchiamo R2D2), Rey é maravilhosa, Finn tem coração, e o Adam Driver está de parabéns por seu Kylo Ren. Han Solo, Chewie e Leia are back! E só peço para que o Poe (Oscar Isaac) tenha mais espaço no próximo filme.

Para quem é fã da série foi um certo alívio ver que, além de dar tudo certo, ficou lindo. Um beijo para o J J Abrams, may the Force be with you.

A Tia Helo provavelmente ia revirar os olhos para aquelas armas a laser mas talvez ela tivesse um pouco de pena dos Stormtroopers. 352 "Ai, Jesus!" para a força despertada.

Agora vamos torrar o din din em merchandising.


13.12.15

+Séries

The Leftovers - a primeira temporada foi boa e até bem fiel ao livro, a segunda veio como uma surpresa já que o livro foi todo coberto na primeira. E que segunda temporada excelente. O policial Kevin e sua família foram para Jarden a única cidade que não perdeu ninguém no dia do departure. Acontece que essa cidadezinha é cheia de regras para entrar e sair e muita gente esquisita. As pessoas de Jarden podem não ter sumido mas muita coisa estranha acontece por lá. Justin Theroux foi impecável nessa temporada (e que shirtless digno!).

Fargo - que segunda temporada impecável! Das atuações a trilha sonora. Dessa vez a história se passa em 1979 quando ocorreu o massacre de Sioux Falls. Os personagens são ótimos, dos principais aos coadjuvantes (e alguns estavam na primeira temporada). Muitas referências ao filme Fargo e a outros filmes dos irmãos Coen, e até Albert Camus. Merece todos os prêmios que foi indicada.

Jessica Jones - série da Netflix sobre a heroina da Marvel. A Jessica Jones é uma detetive particular que tem alguns poderes (extremamente forte e consegue dar uns saltos incríveis) devido um acidente que matou seus pais. No passado ela foi dominada por um vilão, o Kilgrave, que tem o poder telepático de mandar as pessoas fazerem o que ele quer, e isso é assustador. O Kilgrave voltou a tona e Jessica conta com ajuda de sua amiga/irmã e de sua advogada para dar um basta no vilão. É uma série girl power e muito boa.

Master of None - o Aziz Ansari de Parks & Rec é o dono dessa série que lembra um pouco Seinfeld mas sem tanto cinismo. É engraçada. (Também da Netflix)

The Knick - essa segunda temporada foi muito boa. Ver o que acontece num hospital (e na Nova York de 1905) quando ainda não tinha nem antibióticos é no mínimo curioso. Essa segunda temporada vimos o Dr. Thackery sair do vício da cocaína (e heroína por tabela) e voltar a fazer cirurgias. Ainda tem todo o embroglio da construção do novo hospital e um surto de peste (não lembro qual) que vem junto com os imigrantes. Se passa no início do século 20 mas é moderna e atual. A trilha sonora eletrônica continua fantástica!


10.12.15

Crossfit

Gosto de fazer exercícios e praticar esportes, mas detesto musculação. Piora ainda mais quando a maioria das academias perto de casa tem ar condicionado, e malhar no ar condicionado para mim é péssimo.

Desde que fiz um mês de musculação em 2014 não fiz mais exercícios de força (ou com carga), só estava correndo, pedalando e um pilates ocasional. O fato é que preciso fazer exercícios de força até para melhorar o desempenho na corrida, e depois de uma certa idade é bom fortalecer os músculos.

Então, não aguentava mais musculação e fui ver qual era a do Crossfit. Já fiz funcional, mas queria uma coisa diferente.

A única coisa que eu sabia do Crossfit é que seus praticantes são uns fanáticos que ficam postando fotos no instagram com frases motivacionais. Depois de uma rápida pesquisa descobri que era uma sequencia de exercícios com base no treino do levantamento de peso - aquele olímpico. Fui ver qual era.

O lugar é um galpão bem arejado, zero ar condicionado, ótimo. A sequencia dos exercícios é a mesma para todos, mas cada um faz na sua capacidade. Inclusive substituem algum exercício que não possa fazer (eu não faço avanços). O segredo é exatamente esse: saber qual o seu limite e não cair na ladainha de "superar os limites". Óbvio que você vai melhorando a resistência e força ao longo do tempo mas tem o momento certo de aumentar a carga ou as repetições.

Tem os que encaram o Crossfit como competição? Sim. Existe competição oficial (meio sem graça de assistir, na minha opinião), mas estou falando daqueles que querem ser os bam bam bans da academia. Tem quem fica postando fotos no Instagram? Sim. Tem os caras que tiram a camisa? Sim (mas poucos shirtless dignos até agora). Tem mulher que levanta peso mais do que os homens? Sim! (girl power)

Achei uma forma divertida de fazer os exercícios de força, em uma hora consigo fazer mais do que se estivesse na musculação. Mas vou contar para vocês que nunca fiz tantos agachamentos na vida.

8.12.15

+ Filmes

A Visita

O M. Night Shayamalan está em baixa depois das últimas duas porcarias que ele colocou no cinema (The Happening - WTF? e The Airbender - nem vi), mas como ele é o diretor de Unbreakable, Sexto Sentido e Sinais resolvi dar mas essa chance para ele.

E valeu a pena.

É sobre dois irmãos (uma menina de 15 anos e um garoto de 12/13) que vão ficar com os avós maternos por uma semana. Acontece que eles nunca viram nem falaram com esses avós porque a mãe saiu de casa muito nova (fugiu com um cara mais velho). Rolou algo brabo entre a mãe e seus pais que fez com que ela nunca mais falasse com eles.

Mais do que isso não conto.

Ah, sim, e filmado com camera na mão. As vezes parece um filme feito no snapchat, mas ficou interessante. O garoto do filme é ótimo. Ok, parei.

A Tia Helo diria 514 "Ai, Jesus!" antes de desmaiar de susto.


No Coração do Mar

Um filme sobre como Herman Melville teve a idéia para escrever Moby Dick. Herman, um jovem escritor de sucesso, vai papear com o último sobrevivente do Essex, um barco baleeiro.

O Essex saiu de Nantucket com a tripulação disposta a voltar com 2000 barris de óleo de baleia (o combustível da época). E comandando o barco estava o capitão George Pollard e o Owen Chase (baleeiro experiente que achava que ia ser capitão mas deram o posto para o filho do dono do navio, classic.) - rivalidade detected.

O barco segue em busca das baleias mas a coisa não está fácil, até que ficam sabendo de um monte de baleias no Pacífico. Eles são avisados do monstro marinho mas acham que é história de pescador e vão até lá tentar garantir os barris de óleo.

Bem, a gente aprendeu com Jaws que com criaturas marinhas não se brinca, ainda mais quando elas tem mais de 30 metros.

Gostei do filme, achei bem feito e o Chris Hemsworth (Thor e leitinho australiano de primeira!) sempre vale o ingresso. Acharam um ator tão alto quanto ele para fazer o Capitão Pollard (e bonitão também).

A baleia arrasa.

A Tia Helô ia ficar tensa vendo aqueles homens todos tentando pegar baleias. 267 "Ai, Jesus!" Para Capitão Pollard e seus marujos.