14.1.14

+ Filmes

Começando a temporada do Oscar. Ano passado vi o excelente Antes da Meia Noite, a obra prima visual que é Gravidade, o tenso Prisioners, e o ótimo Rush. Vamos ver se esse ano consigo ver todos os possíveis indicados (a lista sai dia 16/01) antes da premiação (02/03).


12 Anos de Escravidão

Acho que esse foi um dos melhores filmes sobre escravidão já feito, dá quase para sentir as chicotadas e físicas e psicológicas.

É baseado na história real de Solomon, um homem negro livre que vive no norte dos EUA, educado, casado com filhos e músico. Um dia é enganado, sequestrado e é vendido para ser escravo nas plantações do sul na época pré-guerra civil americana. Solomon logo recebe outro nome e cada vez que tenta dizer o seu leva um tapa na cara. Ele vê que para sobreviver vai ter que se calar, mas como ele mesmo diz: "Não quero sobreviver, quero viver.".

Solomon sofre com a perda da liberdade de ir e vir e da liberdade de pensamento que tinha. Ele tem que fingir que não sabe ler e escrever, que o deixa muito frustrado.

É também um filme sobre relações humanas (ou não tão humanas), entre senhor e escravo, privilegiado e dominado, o patrão e empregado, entre homem e mulher.

O Chiwetel Ejiofor faz um excelente trabalho como o Solomon e o Michael Fassbender, um irlandês-alemão, entrega um senhor de fazenda sulista com propriedade.

Não sei se era intencional, mas a sensação que tive é que esses 12 anos passaram rápido, mas não diminui o sofrimento e humilhação que o Solomon passou.

Levou o globo de ouro de melhor filme drama.

A Tia Helo não iria aguentar ver esse filme ate o fim, nem com Brad Pitt fazendo o fofo. Pelo menos 521 "Ai, Jesus!" para os 12 anos de escravidão de Solomon.


August: Osage County (Album de Família)

Esse filme teve o melhor poster do ano passado (ainda mais depois de anos de posters genéricos). Daqueles que realmente te deixa curiosa para saber o que diabos está acontecendo.


E é isso mesmo: briga de família. Quem nunca? A Meryl Streep é Violet, a matriarca com a língua afiada que está com câncer na boca (e tomando muitos remedinhos). Julia Roberts é Barbara, a filha mais velha, queridinha e ao mesmo tempo a que desafia a mãe. Juliette Lewis é Karen, a filha doidinha e a Julianne Nicholson é Ivy, a filha responsável. No início do filme o marido da Violet contrata uma empregada porque tudo aquilo está "atrapalhando a minha bebedeira" e vai para um passeio de barco do qual ele não volta.

Todos se reunem na casa, inclusive os agregados, e aí ficamos sabendo de todas as fofocas: Barbara está separada do marido porque ele a trocou por uma mulher mais jovem, Karen tem um noivo que gosta de garotinhas, Ivy está xonada no primo e NADA disso escapa a astúcia e língua ferina da Meryl Streep. Ela é praticamente um Sherlock Holmes para segredos de família.

A Tia Helô iria gostar de algumas verdades que a Violet cuspia, 317 "Ai, Jesus!" para esse filme


American Hustle (A Trapaça)

Resumindo: o Batman adotou o look Tony Soprano e virou trambiqueiro nos anos 1970. Ele se casou com a Katniss, mas se apaixonou pela Lois Lane e se mete em enrascadas com o Hawkeye e o Bradley Cooper (que nunca foi super herói).

É um filme que tem um pouco de tudo: cambalacho, todo mundo engana todo mundo, cabelos em permanentes, decotes generosos, música ótima, mafiosos, roubo, drama familiar, amantes....ufa! Quase não cabe tudo em 2 horas.

A Jennifer Lawrence (ótima) e o Christian Bale estão muito bem. Amy Adams e Bradley Cooper também não deixam a peteca cair. Gente, o Bradley Cooper consegue ser HOT até com permanente no cabelo, camisa aberta até o umbigo e dançando passinho no Studio 54. Gostei de ver o Louis CK num papel quase sério. A reconstituição de época é muito boa. Achei esse filme divertido.

Levou globo de ouro de: melhor filme comédia/musical (não sei onde esse filme é comédia, musical só se for a cena da J.Law cantando Live and Let Die, mas tudo bem), Amy Adams de atriz e J.Law de coadjuvante.

A Tia Helo ia ficar horrorizada com aqueles rolinhos que o Bradley Cooper usa para manter o cabelo no permanente. 621 "Ai, Jesus!" para a pança do Christian Bale.


Don Jon

O Joseph Gordon-Levitt escreveu, dirigiu e atuou nesse filme sobre um rapaz que, como ele mesmo diz, só se importa com: "meu corpo, meu apê, meu carro, minha família, minha igreja, meus amigos, minhas garotas e minha pornografia.". Na verdade a pornografia vem em primeiro lugar, ele é daqueles que já fica animado escutando o barulho do Mac ligando.

Jon gosta de sair com os amigos, ir para a balada, dar notas para as mulheres e levar uma para casa para transar (com toda cara de quem fica se olhando no espelho). Acontece que ele sempre fica decepcionado que as mulheres que ele pega na balada não transam como as dos videos pornôs que ele tanto gosta. Jon também não deixa de se confessar toda semana, inclusive detalhando quantas vezes descabelou o palhaço/jogou dados/fez um 5 x 1.

Um dia o Jon conhece a Barbara (que recebe uma nota alta dele) e se apaixona (ou acha que está apaixonado). Acontece que a Barbara gosta de filmes românticos e, assim como o Jon espera que as mulheres transem como nos pornôs, ela espera que os homens se comportem como se estivessem numa comédia romântica. Ambos só querem o que o outro pode representar.

Eu gostei da irmã do Jon que passa o filme todo teclando no celular, mas quando fala diz tudo.

O filme segue numa direção que eu não esperava, mas ficou interessante. Acho que o Joseph Gordon Levitt fez um bom trabalho.

A Tia Helô ia gostar do Jon, afinal ele sempre confessa os pecados para o padre e cumpre sua penitência (mesmo que seja rezar ave maria enquanto malha). 279 "Ai, Jesus!" para o Don Jon.

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