17.2.12

+ Filmes

Moneyball (O Homem Que Mudou o Jogo)


Os 3 esportes mais populares nos EUA são: football (o americano, óbvio), baseball e basketball (assim, em inglês mesmo). Dos três eu gosto muito de basketball e de baseball, mas não me empolgo com o football (apesar de conhecer as regras). O que esses três esportes tem em comum, e é o que os americanos gostam muito, são as análises estátisticas dos jogadores, times, jogadas e qualquer coisa que possa ser colocada em porcentagem.

Dos 3 é justamente o baseball que mais se utiliza dessas estatíticas. Pode reparar que em todo jogo de baseball sempre aparece vários números na tela quando mostram um jogador, e baseados nesses números sabem qual a probabilidade do que pode acontecer.

Acontece que, como todo esporte, nem tudo pode ser calculado, ainda mais fatores que são independentes dos números como a vontade dos jogadores em ganhar aquele jogo naquele dia. O baseball é um jogo de troca-troca de jogadores entre os times, inclusive no meio das temporadas, assim como se fossem os famosos cartões de baseball (que sempre valem muito dinheiro nos filmes).

Ao contrário do football, que tem um sistema de distribuição de grana entre os times da NFL (a liga nacional) garantindo que todos os times tenham dinheiro para competir igualmente, no baseball é cada um por si. Esse vídeo o Bill Maher explica direitinho o sistema.

Então, Moneyball conta a história (real) de Billy Beane (Brad Pitt), um ex-jogador, que é gerente de um time que tem pouco dinheiro para gastar (e está perdendo seus principais jogadores para times mais ricos). Ele decide contratar um economista que analisa os jogadores baseados nos seus números, deixando de lado coisas que os olheiros tradicionais levam em conta (como idade, jeito de arremessar, etc). Billy e Pete (o economista) montam um time de jogadores considerados losers (mas tem n´¨meros satisfatórios), e sofrem com a cabeça dura do treinador e outras pessoas do time. A matemática é poderosa e o sistema de Billy e Pete se mostra eficiente.

Não vou contar mais, vale a pena assitir. Brad Pitt está muito bem como Billy Beane, e ele sabe preencher bem aquela tela enorme do cinema, e Jonah Hill surpreende como o economista Pete. Ambas indicações ao Oscar merecidas. O roteiro tem Steve Zalillian (que também escreveu The Girl With The Dragon Tattoo) e o genial Aaron Sorkin.

Eu gostei de Moneyball, acho que quem entende o esporte vai aproveitar um pouco mais, mas não precisa ser especialista. A Tia Helo diria 93 "Ai, Jesus!" para o homerun.

(Gente, e o ator que colocaram para fazer um Brad Pitt jovem? Coloquem ele em mais filmes, please!)


O Artista


Filme mudo em preto e branco, e é muito bom. É uma bela homenagem ao cinema. Do começo ao fim lembrei de Cantando na Chuva, All About Eve, Luzes da Ribalta e alguns outros. Tem cenas que surpreendem, como a do sonho (não vou contar) e a dança final (eita, contei), a fotografia é bonita (adorei a conversa nas escadas com pessoas passando) e a música muito boa. O próprio formato da projeção é antigo, um retângulo menor ao invés de ocupar a tela toda do cinema.

O Jean Dujardin (só eu acho esse nome muito engraçado?) é de um carisma incrível. Ele faz muitas caretas, mas o sorriso dele é contagiante. Berenice Bejo dá conta do recado. Agora, bom mesmo é o cachorrinho Uggie. Oscar para animais já!

A Tia Helo ia adorar esse filme, uns 14 "Ai, Jesus!" sem muito susto.



J. Edgar

O J. Edgar Hoover foi diretor do FBI por quase 50 anos (de 1924 a 1972). Aliás, foi ele que fundou o FBI (em 1935) que antes não era um orgão federal independente. E só deixou de ser diretor do FBI porque morreu, se não acho que estaria lá até hoje. A diretoria dele passou por 8 presidentes americanos. Isso sim é poder.

O filme mostra como ele inseriu a ciência forense na polícia federal americana, desde a análise e cadastramento de digitias até outras ciências aplicadas. J. Edgar inventou o CSI. Além disso, era conhecido que ele mantinha um arquivo secreto que nunca foi descoberto (ou só algums partes apareceram), que continha segredos dos presidentes e pessoas envolvidas no poder.

O filme mostra sua vida, desde a ascensão no FBI a relação com sua mãe, sua secretária super eficiente e o seu melhor amigo de todos os tempos Clyde Tolson. Mostra sua luta contra os mafiosos e gangsters, e dá uma certa importância ao sequestro do bebê do Lindbergh.

Dizem que ele era um cross-dresser, mas o filme só faz uma leve insinuação sobre o assunto que só faz sentido se você sabe dessa fofoca. De forma um pouco mais explicita é tratada a sexualidade de Hoover, e o conflito dele em relação ao assunto.

O Leo DiCaprio está muito bem no papel do J. Edgar Hoover, mas a sua atuação, as vezes, é um pouco cansativa. Já o Armie Hammer (lindo!) dá vida ao Clyde Tolson com uma deliciadeza incrível, merecia uma indicação ao Oscar (nem que fosse só para aparecer na festa).

A fotografia do filme é toda em tons de cinza, uma coisa bem FBI mesmo. Clint Eastwood é mestre.

Eu gostei. Já a Tia Helo iria se identificar um pouco com a paranóia do Hoover, e ia gostar do fato que ele era um mama's boy. Uns 125 "Ai, Jesus!" para o menino Edgar.

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