30.10.11

As fotos da viagem

Nessa viagem tirei mais de mil fotos. Isso mesmo, mais-de-mil. Até comprei outro cartão de memória. Escolhi as que gostei mais (um pouco menos de mil) e coloquei no Flickr. Algumas já estão aqui no blog, e, para quem quiser ver mais e com uma qualidade de imagem melhor, aí estão os links.

Africa
Bali
New Zealand
Australia (tem todas as fotos em um set, mas também divididas em Sydney, Melbourne, Great Ocean Road, Adelaide e Perth)

28.10.11

Analisando a música: Down Under (Men at Work)

Down Under é como os ingleses chamam a Australia, que é localizada no hemisfério sul, ou seja, para quem está lá em cima, no norte, os australianos estão lá embaixo, do outro lado do mundo.

O Colin Hay é um escocês que imigrou para Australia, com a família, aos 14 anos. Depois, 1978, lá em St. Kilda, Melbourne, ele se juntou com uns amigos e formaram o Men At Work. E nada melhor do que começar uma carreira de sucesso com uma música sobre a Australia, que virou um tipo de hino nacional (cantaram no encerramento das Olimpíadas de Sydney). Aposto que quando você pensa em música da Australia essa é a primeira que vem a cabeça.

Down Under é sobre um australiano que viaja o mundo e onde ele vai é identificado como um aussie, com orgulho, e encontra outros australianos.

Traveling in a fried-out kombi
On a hippie trail, head full of zombie
I met a strange lady, she made me nervous
She took me in and gave me breakfast
And she said, "Do you come from a land down under?
Where women glow and men plunder?"


Logo no começo ele está numa Kombi saindo fumaça com hippies chapados, aí ele encontra uma mulher, que o deixou nervoso, mas ela o trouxe para dentro e ainda fez o café da manhã. Ela sacou de onde ele vinha e mesmo assim pergunta: "Você vem lá de baixo? Onde as mulheres brilham e os homens saqueiam/roubam?". Traduzindo: as mulheres são super felizes porque tem aqueles homens todos que tomam leitinho, e os homens roubam....bem, roubavam, há muito tempo, na Inglaterra, por isso foram parar na Australia (ou, é uma referência aos que exploram/roubam do país).

Buying bread from a man in Brussels
He was six foot four and full of muscles
I said, "Do you speak-a my language?"
He just smiled and gave me a vegemite sandwich
And he said, "I come from a land down under
Where beer does flow and men chunder"


Depois ele vai parar numa padaria em Bruxelas, conhece um homem muito alto, forte, e pergunta se ele fala sua língua, no que o gigante lhe da um sanduíche de Vegemite e responde "Eu venho lá de baixo, onde, é verdade, a cerveja flui e os homens vomitam". Concluí-se que: 1) os australianos estão em todo canto do mundo, até vendendo pão na Bélgica. 2)Vegemite é uma pasta meio azeda, só quem come aquilo são eles (deve ser gosto adquirido desde criança), e 3) os australianos bebem muito, fato.

argh.
é cerveja que não acaba mais
Lying in a den in Bombay
With a slack jaw, and not much to say
I said to the man, "Are you trying to tempt me
Because I come from the land of plenty?"
And he said, "Oh! Do you come from a land down under? (oh yeah yeah)
Where women glow and men plunder?"


Aí ele vai parar na India, no calor, com preguiça até de falar. Não sei o que o homem estava oferecendo, mas ele pergunta "Isso é uma tentação? Olha, eu venho da terra da fartura, tá?". Falou em fartura o homem já adivinha que ele vem de Down Under, onde as mulheres brilham e os homens saqueiam. Eu sei que fartura é essa.

Can't you hear, can't you hear the thunder?
You better run, you better take cover.


Estão escutando o trovão? É melhor correr e se proteger.

Lá vem os aussies!





UPDATE (sete anos depois....): saiu esse video com o próprio Colin Hay falando sobre a música. Ele diz que na verdade é sobre a exploração da Australia, sobre quem quer lucrar a curto prazo e que os trovões vindo são os que dizem querer desenvolver o país chegando com a exploração imobiliária (e relaciona isso com o video). MAS que, no fim, é sim uma música celebrando a Australia, tanto que foi usado pelos vencedores australianos do America's Cup e foi assim que virou quase hino nacional da Australia.
Ainda prefiro achar que os trovões são os australianos vindo, são poucos mas fazem barulho. Adoro. Um beijo Australia.

20.10.11

Perth (2)




Da primeira vez pela cidade a volta foi super rapida, 50 minutos, mas da segunda vez, com mais tempo, pude ver um pouco mais.

Perth eh menor do que Sydney, Melbourne e Adelaide, percebe-se isso pelo tamanho do CBD, e pelo numero de predios que a cidade tem. Aqui é tudo tranquilo: os australianos, o trânsito e o comércio. No worries. Perth é bonita com o rio Swan formando uma especie baia entre a entrada do mar e o resto do seu percurso.

Dessa vez conhecemos o Subiaco, bairro de lojas e restaurantes de Perth. O estilo das casas foi mantido e os estabelecimentos se adaptaram. A Rockeby Road eh a rua principal do comércio.

subiaco hotel (pub)

A cidade tem 3 linhas de onibus gratuitos que circulam o centro da cidade em circuitos diferentes, o sistema CAT eh fantastico. Entao peguei o CAT amarelo do hotel para o centro da cidade onde tem a Murray e a Hay Street, as ruas de pedestres e lojas. Ali me aventurei um pouco mais do que da outra vez e fui ate o Stirling Park, onde tem umas estátuas curiosas, e dali vi um monumento que parecia um foguete, era a Bell Tower (uma torre de sinos modernosa).

stirling park
adorei as estatuas dos cangurus

foguete?

De volta a Hay Street, reparei num prédio estilo tudor que na verdade era uma galeria com todas as lojas no mesmo estilo, e estava cheio de gente tomando café e a caminho do trabalho.

hay street

tudor style




street art em perth

Voltei para o hotel no CAT vermelho, pegamos o carro e fomos ao belíssimo Kings Park, o parque urbano, enorme, com várias trilhas, que fica no alto e tem uma vista fantastica da cidade e do Rio Swan.





o jardim botanico fica dentro do parque

A cidade estava toda pronta para receber a Rainha Elizabeth II que vai para o CHOGM (Commonwealth Head of Government Meeting). Nunca vi gramados tão bem cuidados.



De lá fomos a praia de Cottesloe, onde as casas são grandes e o campo de golfe é na beira da praia. A água do mar estava super azul, alguns australianos estavam estendidos na areia, mas nenhum nadando.





no worries

Seguimos para Fremantle, uma cidade porto na entrada do Rio Swan, primeiro ponto de colonização da area e que ainda tem vários predios antigos. Fremantle também tem uma área no pier, onde os barcos menores saem, com restaurantes e a cervejaria da Little Creatures. A cidade tem uma universidade e muitos jovens.



mercado




little creatures

E, para terminar a volta por Perth e região, fomos ao Swan Valley, area de vinhedos, criação de cavalos e produtos locais. Paramos numa fabrica local de chocolate, todo mundo estava saindo de la com uma bolsinha de compras, inclusive nós.

amostra gratis


E aqui em Perth me despeço, já com saudades, da Australia. Um lugar para voltar sempre.

19.10.11

Adelaide

Chegando em Adelaide pela estrada vimos os vinhedos. Paramos em Stirling, uma das cidadezinhas da regiao, para o almoco antes de entrar na cidade.

Adelaide eh uma cidade planejada, e muito bem, por sinal. Eh uma malha quadrada com duas avenidas principais que vao norte-sul e leste-oeste, em volta outras 4 vias, e, abracando tudo isso, um parque fantastico, como se fosse uma muralha das cidades antigas da Europa.


galeria antiga na rundle street

muitas flores
As avenidas e ruas do CBD de Adelaide sao largas. Eh impressionante que no fim do seculo 19 o arquiteto ja tenha planejado avenidas tao amplas. Os predios altos estao so no centro.

ruas largas e poucos carros


Ao norte da cidade passa o Rio Torrens e do outro lado esta North Adelaide, uma parte antiga da cidade, residencial, tambem rodeada por um parque.

rio torrens

casa antiga tradicional australiana
Adelaide eh conhecida como cidade das igrejas, mas eu nao vi tantas assim. Vi mais predios das universidades do que igrejas.

tres coisas que tem muito em adelaide: igrejas, parques e cricket


A Rundle Street eh a rua de pedestres e lojas, e alguns predios antigos.

escultura modernosa na rundle st.
abelha no topo do predio
Saindo da cidade 10km ja se chega em Glenelg, uma cidade de praia, hoje eh quase um bairro de Adelaide (tem um tram que vai direto do centro), mas antigamente era destino de veraneio dos aussies. O mar eh azul, mas deve ser bem gelado (eu so cheguei perto de tenis).

o town hall de glenelg tambem eh um museu bacana

oi tio, o que as algas estao dizendo?
kd ondas? kd surfistas?

Adelaide nao tem a vida de Melbourne, nem a agitacao de Sydney, mas acho que a tranquilidade, a organizacao e espaco da cidade cativa. E esse mega parque, uma muralha natural, lindo.

muitos passaros coloridos

18.10.11

Grampians, cangurus e um coala gigante

Depois de Port Campbell continuamos um pouco no litoral, deu para ver mais algumas pedras no mar, e fomos ate Port Fairy, onde tem um farol (beeeem pequeno).



kd farol?


Do litoral subimos para o parque nacional das Grampians, uma cadeia de montanhas ainda no estado de Victoria. A estrada passa dentro do parque e tem varias areas onde parar e fazer caminhadas. As placas prometiam muitos cangurus, mas nenhum apareceu.







Quando chegamos na cidade de Halls Gap paramos para ver um jogo de cricket e 3 cangurus estavam la assistindo. Confesso que fiquei mais impressionada com o cricket, que nunca tinha visto ao vivo, do que com os cangurus.



Seguindo na estrada vimos um coala gigante e decidimos parar, obvio. Era um mini zoologico com animais de fazenda e alguns locais, inclusive um coala.





Paramos para dormir numa cidade que nao vale a pena mencionar e no dia seguinte seguimos em direcao a Adelaide.


Essa estrada eh uma reta, com asfalto impecavel, e fazendas dos lados, entao o risco do motorista ficar entediado eh grande. Ao longo da estrada tem placas alertando o perigo de dormir ao volante, mesmo que por segundos, mas tambem tem areas para tirar uma soneca, que aqui eles chama de powernap, um super cochilo.

micro sono perigoso
a solucao eh um super cochilo

No meio do caminho paramos em Bordertown, ja no estado de South Australia, uma cidade bem pequena mas que sabe fazer seu marketing. O banheiro publico eh onde era a cadeia na epoca da corrida do ouro.

17.10.11

Great Ocean Road


portao de entrada 


A Great Ocean Road eh uma estrada, no sul da Australia, de 243km, que vai de Torquay ate Warrnambool. Essa estrada foi construida por soldados que voltaram da Primeira Guerra Mundial em homenagem aos que morreram na mesma guerra.



A Great Ocean Road eh quase toda no litoral, entre o mar e uma costa verde, com muitas arvores. A estrada tem muitas curvas, alguns penhascos, e, em muitas partes, passa bem pertinho do mar, mas tambem passa por uma floresta.



A Great Ocean Road eh o memorial de guerra mais bonito que ja vi, e deve ser o mais util tambem.

pertinho da praia


A primeira parada foi em Bells Beach. Praia de surf conhecida no mundo inteiro, e eh aquela que o Keanu Reeves encontra o Patrick Swayze no fim de Point Break (spoiler?). Bells Beach eh uma praia de Torquay e so chega la de carro/moto/bicicleta ou andando se voce tiver muita vontade. E para chegar ate a praia mesmo tem que descer muitas escadas.

direto para praia




A temporada de surf eh no inverno, mas quando cheguei la tinha uns 6 surfistas no mar. Alem do estacionamento, tem um banheiro publico (coisa que na Australia nao falta em lugar nenhum, sempre limpos e com papel, mas isso eh outro post), entao muitos surfistas vao ate a praia de van, com camas improvisadas para passar dias na costa do surf, que tem outras praias alem da Bells.





Entao seguimos pelas curvas da estrada da Australia ate os 12 Apostolos. E que coisa fantastica! Os apostolos sao varias pedras enormes de calcario na beira da praia, dentro do mar, e estao em um bom pedaco da costa da Great Ocean Road. A erosao causada pela agua do mar ao longo dos anos/seculos/milenios da um colorido e formato interessante as pedras. Uma delas despencou em 2005, e um pedaco do penhasco tambem caiu recentemente. Da um certo medinho andar ali em cima.

final de tarde






flutuando


Para ver as pedras tem varias paradas dentro de um parque enorme (tem que ir de carro para as paradas), muito bem organizado com trilhas e pontos estrategicos de vistas fantasticas.





Depois de andar um bom tempo, vendo essa maravilha da natureza, seguimos para Port Campbell que eh a cidade mais perto dos Apostolos. Eh uma vila, de uma rua, mas foi uma otima surpresa. O hotel era muito bom e a comida do pub estava deliciosa.