22.12.08

Fim de ano

Hoje eu fui no shopping atrás dos últimos presentes de natal. Não dá, é gente demais e poucas opções interessantes. Mas o shopping vai sortear um carro e, como eu já ganhei uma promoção esse ano, fui lá gastar uns reais e preencher o cupom mais esquisito ever. Eu já preenchi muitos cupons na vida, mas pela primeira vez tinha um campo para o estado civil e outro para número de filhos. Não entendi.

Estou indo para o lagostão para o nosso fim de ano na praia. Deixo aqui a nossa bromélia de natal. :) Até ano que vem!

20.12.08

Treinamento de longo

Já contei a Saga do Vestido, e passei pelo drama do make up e o sofrimento do salto alto. O que eu não sabia é que ia ter que enfrentar o treinamento quase militar da cerimonialista.

Chegamos na igreja e fomos confinados num anexo, mas até aí tudo bem que era só brincadeira entre os amigos, muitas piadinhas sobre os ternos e vestidos e como estavamos todos muito prontos, bonitos e chiques.

A cerimonialista começa batendo palmas para pedir a nossa atenção e pede para que todos sentem que ela tem algumas coisas a dizer. M-e-d-o.

Ela até tentou fazer um estilo stand up, mas ela não era muito engraçada com aquele fone de ouvido tipo agente da CIA. As regras eram as seguintes:
1. Homens do lado direito e mulheres do lado esquerdo. Homens com o braço dobrado a exatos 45º e as mulheres delicadamente segurando o tal braço.
2. Padrinhos do noivo para direita, da noiva para esquerda. E caso a gente não lembrasse da ordem tem a sub-sargenta-cerimonialista lá na frente para nos corrigir e mostrar o caminho.
3. Nada de mascar chiclete. Quem tivesse um na boca tinha que cuspir fora ali na mão dela antes de entrar na igreja.
4. Homens com terno de 3 botões fechar os dois primeiros e deixar o terceiro aberto.
5. Mulheres com bolsa estilo carteira tem segurar em baixo da bolsa na altura do osso da bacia. As de bolsa com alça pequena segura com o braço estendido, mas NÃO pode balançar o braço de jeito nenhum.
6. Não deixar o homem andar mais rápido. Não pode acenar, nada de balançar a cabeça, nem mandar beijinho. Foco no fotógrafo no fim do altar.
7. Só pode sentar depois que o noivo entrar, mas tem que ficar de pé logo depois para a entrada da noiva.

Ela fez a chamada e nós fomos para a porta da igreja.

Depois de esperar um tempão em pé, no salto 10, do lado de fora da igreja, ela nos indicou a hora de entrar. Aqui no Ceará é quente pacas, as igrejas só tem ventilador (fiquei com pena do amigos de terno), então fizemos uma sauna básica e bronzeamento artificial com as luzes da filmagem.

Na saída da igreja eu já estava feliz que ia sentar no ar condicionado do buffet, beber água e depois alguma coisa alcóolica, comer e curtir. Mas eu estava tão enganada. Ainda tinha a foto com os noivos.

Felizmente a cerimonialista-general juntava 4 casais de uma vez. "Faz pose de miss!" ela mandou. Eu respondi "Pode deixar que eu assito America's Next Top Model e sei ser fierce.". Ela não entendeu a minha piada, fez cara feia e eu passei o resto da festa fugindo dela, mas ela não esqueceu de mim. Na hora da noiva jogar o bouquet eu estava na mesa, tranquila e calma, quando vi que estava demorando. Foi aí que escutei o meu nome no alto falante "Karine Marselle venha aqui tentar pegar o bouquet". Eu obedeço, ainda mais quando usam os dois nomes. Não peguei o bouquet (ufa!), mas foi divertido.

Mas o que interessa é que os noivos estavam felizes, apaixonados, o amor é lindo e os amigos são para essa coisas.

PS. A cerimonialista nem imagina que a gente roubou uns docinhos enquanto esperava para bater as fotos. Foi o auge da nossa rebeldia.

11.12.08

Disque-DRs

Ontem eu a Luizinha estavamos no msn falando de DRs, de como tem gente que gosta e perde horas, dias, meses no blá, blá, blá.

A noite eu estava esperando para ver Capitu (visual bonito, mas chata) e num comercial mudei de canal e parei num filme de suspense teen.

A menina do filme fica de castigo porque estrapolou os minutos do celular e tinha que trabalhar de babysitter para pagar a conta. Ela vai tomar conta de duas crianças numa casa far far away no meio do nada. Um serial killer fica ligando para lá aterrorizando a garota. Sabe os 10 minutos iniciais de Pânico? Pois é, estica isso para 90 minutos. Até eu me assustei quando o telefone daqui de casa tocou. O serial killer entra na casa, tem aquela perseguição toda, com chuva, puxão de cabelo, etc. No fim a garota consegue fugir, o maníaco é preso, mas ela termina num hospital com pesadelos.

Vamos ao que interessa nesse filme: o porque do castigo da menina. Ela usou todos os minutos do plano para discutir a relação com o namorado. O garotão vacilou, foi pego beijando outra e estava se desculpando, tentando voltar o namoro. Para isso eles gastaram mais de 500 minutos. Uma coisa que facilmente poderia ter sido resolvida em, hum, 5 minutos? E quando ela está na casa ela atende todos os telefonemas do serial killer porque está esperando o namorado ligar para, wait for it, discutir a relação só mais um pouquinho.

Então, o que aprendemos com esse filme?

1) 95% das DRs de um casal acontecem pelo telefone.
2) Seja lá qual for o motivo da DR tudo pode ser resolvido em 1% do tempo total.
3) Depois de 500 minutos de DR você pode acabar num hospital com pesadelos.

E a mais importante:

4) Serial killers não gostam de DRs.

1.12.08

A saga do vestido

Eu fui convidada para ser madrinha do casamento de um amigo. Um casamento cheio de cerimônia.

Primeiro recebi uma cartinha convidando para ser madrinha. Depois veio o convite oficial com um envelope extra com recadinhos da cerimonialista. Primeiro ela me lembra que eu tenho que estar na igreja meia hora antes, depois ela sugere que o vestido tem que ser longo e que eu devo evitar as cores: branco (óbvio), champagne (variação do branco) e preto.

Eu não entendi o preto, logo ele que é a base de qualquer figurino feminino, que nos deixa elegantes, que é versátil para todas ocasiões. Se alguém souber me explica, please.

A última vez que eu comprei um vestido para um casamento foi em 2003 e de lá pra cá usei em todos casamentos que fui. Um vestido muito legal, que eu posso engordar ou emagrecer que fica bom de todo jeito. Anyway, achei que era hora de renovar e comprar um vestido para os próximos 5 anos.

Eu descobri que é uma tarefa difícil, pelo menos para mim. Primeiro que as cores opcionais ao preto não são legais: amarelo (aquele bem forte e claro), verde bandeira, azul royal, azul ou verde piscina, pink ou rosa, vermelho claro (argh!). Depois, os vestidos longos de festa tem muitas pedras, frufrus, babados, tudoaomesmotempoagora, são pesados, e se dividem em duas modelagens: tomara que caia e ombro único. Quem me conhece sabe que primeiro vem conforto.

Na primeira loja eu experimetei 4 vestidos, nenhum oficilamente longo de festa, mas todos confortáveis: um rosa (sim, Luizinha, eu vesti um rosa e gostei tá?), um lilás/roxo, um verde (que o corte era bonito mas a cor não), um meio azul escuro/verde escuro/roxo (muito bonito, mas ficou grande). Nenhum que eu fosse poder usar nos próximos casamentos sem que lembrasse desse. Ok, next!

Na segunda loja experimetei 2. Um bordeaux (nome chique da cor vinho) e um super estampado colorido (muito legal). As vendedoras da loja até se esforçaram, mas concluímos que estampado super colorido ia me render um olhar repressor da cerimonialista, e estampado enjoa logo.

Na terceira loja, já meio de saco cheio de experimentar roupa e achando que ainda ia ter que fazer isso outro dia, achei um azul marinho que agradou e bingo! é esse. Azul marinho, básico, alguns detalhes em branco, perfeitamente adaptável para os próximos casamentos.

A saga do vestido termina aqui, mas ainda tem o drama do make-up/cabelo e o sofrimento do salto alto.

O que a gente não faz pelos amigos.